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    Correspondente Médico: Entenda como acontece a morte cerebral

    Na edição desta sexta (19) do quadro, o neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre a morte de Major Olímpio, vítima de consequências da Covid-19

    Fabrizio Neitzke, da CNN em São Paulo

    O senador Sérgio Olímpio Gomes, conhecido como Major Olimpio (PSL-SP), foi mais uma vítima das complicações causadas pela Covid-19. O senador estava internado desde o começo de março, em São Paulo, e chegou a ser entubado duas vezes durante o tratamento. A família confirmou que ele teve morte cerebral. Major Olímpio foi terceiro senador a morrer por consequências da doença.

    Na edição desta sexta-feira (19) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou como acontece a morte cerebral.

    “Acontece quando ocorre uma lesão definitiva e irreversível no órgão, ou seja, no encéfalo, tronco cerebral e no cérebro. Durante um período, o restante dos órgãos continua funcionando, obviamente sob auxílio de aparelhos como ventilação mecânica e drogas vasoativas, que são medicamentos que mantêm a pressão arterial funcionando. Muitas vezes, há ainda a necessidade de se dar um pouco de hormônio para o paciente não perder tanta urina. Mas depois de um determinado tempo, todos os órgãos deixam de funcionar”, explicou.

    A família do senador está verificando quais órgãos serão doados. Segundo Gomes, “na vigência da infecção, com o vírus circulando pelo corpo, não tem cabimento realizar o transplante de órgão porque o receptor receberia o vírus”.

    Entretanto, quando passam 14 dias da redução completa do quadro, e os médicos, ao fazerem teste no indivíduo, não detectam a presença do vírus no corpo, a pessoa pode ser candidata a doar os órgãos.

    O quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, desta sexta-feira (19)
    O quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, desta sexta-feira (19)
    Foto: CNN (19.mar.2021)