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    Correspondente Médico: Como se adaptar emocionalmente à crise financeira?

    Neurocirurgião Fernando Gomes fala sobre comportamento minimalista

    A pandemia da Covid-19 tem causado prejuízos financeiros até então inimagináveis para os brasileiros. Segundo um levantamento realizado pelo Estadão, com base em estimativas do governo e dos bancos, a pandemia deverá custar só em 2020 cerca de R$ 700 bilhões, o equivalente a quase 10% do PIB (Produto Interno Bruto) e a R$ 3,3 mil para cada brasileiro.

    Com esta queda no padrão de vida, as pessoas têm buscado alternativas para se adaptar à nova realidade: aprender a poupar e gastar menos. 

    Na edição desta quarta-feira (19) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes analisou o impacto destas mudanças no psicológico humano e explicou o comportamento minimalista. “Os elementos mais importantes na vida de qualquer pessoa hoje em dia são a família, relacionamentos, saúde do corpo e da vida financeira. Este momento faz com que a gente pense sobre isso”, iniciou.

    No contexto da crise, manter o equilíbrio entre todos os itens listados pelo médico está sendo um desafio. Em sua avaliação, esta situação “nada mais é do que um convite para que se preste atenção na vida para que se leve de uma forma mais simples e minimalista”, afirma.

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    Correspondente Médico: Como se adaptar emocionalmente à crise financeira?
    Foto: Reprodução/CNN

    “O comportamento minimalista é um jeito diferente de encararmos a nossa realidade. O mundo moderno empurra a gente para a valorização do ter, do que o ser”, afirmou. Gomes acrescenta dizendo que “em uma situação em que, o recurso financeiro acaba sendo mais difícil de ser manipulado e adquirido, ser minimalista faz com que voltemos para a nossa essência”.

    O perfil minimalista consiste em ter menos coisas e que consequentemente promovem menos atividades e, por fim, menos gastos. “Este conjunto de ações gera um equilíbrio e ter uma situação financeira melhor. Em um momento em que, a saúde do corpo físico chama tanto atenção na pandemia, prestar atenção na saúde do bolso acaba sendo importante para a manutenção da saúde mental”, pontuou.

    No entanto, este processo de readaptação pode ser conturbado. De acordo com o médico, este processo acaba sendo uma questão de aprender a lidar com o gerenciamento energético e de recursos.

    “Somos sempre convidados a bater metas e lidar com a inteligência emocional, que pode levar ao sucesso. Quando prestamos atenção que o crescimento interior é o mais importante, percebemos que há um desafio sendo jogado para a vida”, finaliza.

    (Edição: André Rigue)