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    Correspondente Médico: Como motivar crianças e jovens no ensino remoto?

    Neurocirurgião Fernando Gomes diz que 'agora percebemos a grande importância do professor' e que 'não podemos dizer que nada foi aprendido nesse período'

    Na edição desta quarta-feira (16) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes aborda os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) frente ao ensino remoto praticado diante da pandemia da Covid-19 e responde como motivar crianças e jovens nesse período.

    Gomes classifica que a educação e o desenvolvimento da inteligência vivem um “momento muito desafiador”. Especialistas em educação já afirmaram que o efeito da pandemia na educação será “brutal”, principalmente para os estudantes mais pobres.

    Nesse cenário, ele afirma que só vê uma forma de driblar o desafio do ensino não presencial. “O cérebro só funciona com motivação e nada mais motivador do que o entretenimento. Você pega a pessoa de uma forma mais relaxada e acaba indo adiante”, disse.

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    Correspondente Médico: o neurocirurgião Fernando Gomes fala sobre motivação e educação
    Foto: CNN (16.set.2020)

    “Nesse momento tão desafiador em que estamos, com conteúdos mais online do que presencial, só vejo essa grande saída que a neuropedagogia nos oferece. Então, se eu tenho que ensinar história, se eu conseguir indicar filmes, que tenham uma validação, vou conseguir ensinar muito mais do que se mandar ler livro e texto”, indica o neurocirurgião.

    “A gente sabe que o conhecimento está ali, mas oferecer isso de uma forma diferente acaba potencializando a capacidade de aprender”, assegura, citando que também podem ser utilizados músicas, livros, histórias. “Você consegue passar conteúdo ou, pelo menos, não deixar passar em branco até que essa poeira abaixe e a gente possa retomar de uma forma mais tradicional”, defende.

    Apesar do fechamento de escolas em todo o mundo, o especialista reflete que “agora estamos percebendo a grande importância do professor” e que “não podemos dizer que nada foi aprendido nesse período”.

    “Todos os jovens e toda essa geração que está vivendo agora estão aprendendo muito. Desde como é viver em período de pandemia e precisar mudar comportamento para tentar lutar contra alguma coisa a como a ciência progride”, afirma.

    “Se por um lado, aquele conteúdo tradicional [foi perdido], mas talvez tenhamos uma geração muito mais bem preparada do que a gente. Estamos vivendo uma situação diferente e existe um processo pedagógico em tudo na vida. Professor é aquele que ensina pela fala ou pelo exemplo, e as pessoas estão vivendo o exemplo agora”, conclui.

    (Edição: André Rigue)

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