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    Correspondente Médico: como identificar quando oscilação de humor é uma doença?

    Triste de manhã, alegre à tarde. A pandemia da Covid-19 colocou em evidência as alterações de humor, mas até que ponto essa inconstância é considerada normal?

    Triste de manhã, alegre à tarde. A pandemia da Covid-19 colocou em evidência as alterações de humor, mas até que ponto essa inconstância é considerada normal? Na edição desta segunda-feira (20) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes responde a essa questão e explica como identificar quando essas mudanças evoluíram para um quadro clínico.

    De acordo com o especialista, a oscilação de humor é natural até certo ponto. “Nosso humor do período da manhã pode ser um, à tarde pode ser outro. Geralmente, o pessoal fica ranzinza na segunda de manhã e eufórico na sexta-feira à tarde”, compara o médico, que afirma há um padrão esperado para isso.

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    “O que não é normal? Existem limites superiores que, quando são ultrapassados, podem configurar doença. Um excesso de energia, uma sensação de poder além do normal e uma euforia até prejudicial podem fazer parte de diagnósticos psiquiátricos”, explica o médico.

    Segundo ele, na mania e na hipomania da oscilação do humor, “existe uma tendência a uma excitação maior em termos relacionados com uma adrenalina e com a própria dopamina”.

    No outro extremo, há a distimia, já caminhando para o que ele classificou como uma “depressão maior”, que reúne fatores relacionados com o sistema serotoninérgico são mais acometidos. “O indivíduo fica com menos energia e com sensação de baixa autoestima”, disse, frisando que “são sensações que têm diagnóstico e tratamento psiquiátrico, inclusive com apoio psicoterapêutico”. 

    De acordo com o especialista, alterações do sono são indicadores para identificar essas oscilações – o indivíduo com mais humor pode ter muita energia e precisar dormir pouco, enquanto quem está na direção oposta pode ter hipersonia e dormir muito, ou ter poucas horas de sono, mas não ter energia.

    O neurocirurgião Fernando Gomes no quadro Correspondente Médico, do Novo Dia
    O neurocirurgião Fernando Gomes no quadro Correspondente Médico, do Novo Dia
    Foto: CNN (20.jul.2020)
     
    (Edição: Luiz Raatz)

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