Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Correspondente Médico: Como as redes sociais afetam o cérebro?

    TikTok, Facebook, Instagram e Twitter foram criadas para 'imitar' funcionalidades que acontecem na nossa cabeça

    Com 800 milhões de usuários ativos, o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos se depender do presidente norte-americano, Donald Trump, que declarou ter intenção de proibir o aplicativo chinês no país. Enquanto isso, a rede social lançou uma versão para empresas e anunciou um fundo de US$ 200 milhões para pagar influenciadores que criam conteúdo na plataforma.

    Na edição desta segunda-feira (3) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes avalia como as redes sociais como TikTok, Facebook, Instagram e Twitter afetam o cérebro e são criadas para “imitar” funcionalidades que acontecem na nossa cabeça.

    Leia e assista também:

    Trump diz que vai banir TikTok nos Estados Unidos
    Correspondente Médico: Pandemia prejudica sono e muda sonhos dos brasileiros

    “Existe uma correlação entre o funcionamento da rede social e o padrão de funcionamento do nosso cérebro. Independente da rede social, temos postagens que vão ficar a longo prazo e outras que vão embora mais rapidinho. O nosso cérebro funciona da mesma forma”, explica ele, que compara algumas funcionalidades da ferramenta digital com o corpo físico.

    “Temos a memória de curto prazo, que acontece principalmente nos lobos frontais e seria o equivalente a essas postagens de 24h – você pegou um elemento do dia que foi importante naquele momento, mas não o elencou como importante para que fique ‘salvo para sempre’. Já na memória de longo prazo, que é armazenada nos lobos temporais, acontece com os posts materializados na sua frente”, compara.

    Além disso, segundo ele, o “TikTok, que acaba utilizando vídeo e coisas interativas, estimula a criatividade”. Outro elemento presente nas redes sociais e que tem equivalência no cérebro são os emojis e as hashtags.

    “Os emojis são a equivalência emocional e estimulam o sistema límbico, que está na parte mais profunda do cérebro. O nosso cérebro gosta disso. Já as hashtags são uma forma de arquivar algo de um jeito mais simples, como o próprio cérebro faz. E isso funciona na mente individual e também com o coletivo”, conclui.

    Por fim, Gomes dá dicas para não deixar todas essas similaridades entre as plataformas e o cérebro afetarem a saúde mental. “A rede social acaba sendo uma terra aberta de comunicação entre as pessoas, então é importante gerenciar o tempo que você fica conectado, a qualidade do que você posta e curte, além de entender que aquilo está impactando na formação do seu dia, da sua memória e da sua emoção”, orienta.

    (Edição: André Rigue)