Correspondente Médico: como a ciência explica a fé e os milagres?
Fernando Gomes explica evidências de que a fé pode ajudar na recuperação de pacientes e qual a visão da ciência sobre os milagres
Na edição desta segunda-feira (12), data em que os católicos celebram o Dia de Nossa Senhora Aparecida, o neurocientista Fernando Gomes explica os efeitos da fé na mente humana no quadro Correspondente Médico, do Novo Dia.
“Já tem trabalho científico mostrando que pessoas que estão em ambiente de terapia intensiva e recebem orações têm menos complicações. Não morrem menos, mas têm menos complicações. Isso é coincidência? Por que isso acontece?”, reflete ele.
O médico defende que “a ciência está montando o quebra-cabeça” para entender melhor essas questões, que ele classifica como “processo energético”.
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“A pessoa na UTI não sabe que está recebendo oração, mas acaba tendo uma evolução mais favorável. Existe isso. A gente sabe disso, mas todas as peças ainda estão por serem compreendidas”, acrescenta.
Em relação aos milagres, o neurocientista define que tratam-se de “uma percepção individual”. “Acaba sendo a manifestação da inteligência existencial, então imagino que não tem porque ter aquela graça ou resolver algum problema, mas de repente aquilo acontece porque alinhei meu pensamento com a existência e algo maior”, exemplifica.
Essa crença em algo maior, faz a pessoa ficar “totalmente coerente”, segundo o neurocientista. “Isso me alinha e deixa totalmente coerente entre o penso, o que sinto e o que faço”, descreve.
Segundo ele, esse alinhamento guiado pela fé faz com que “o cérebro trabalhe com uma harmonia diferente”.
“De fato, a ciência responde que a existência de milagres tem a ver com a percepção individual. Então, se teve uma relevância, um significado e uma mudança a partir dali, o milagre existiu”, conclui.
(Edição de texto: Luiz Raatz)