Correspondente Médico: Casos de herpes zoster têm alta de 35% na pandemia
No quadro Correspondente Médico, neurocirurgião Fernando Gomes explicou se há influência da Covid-19
Na edição desta quinta-feira (10) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes comentou a alta de casos de herpes zoster durante a pandemia. Um estudo da Universidade Estadual de Montes Claros, em Minas Gerais, mostra que a incidência da doença aumentou mais de 35% nos últimos meses.
A herpes zoster é caracterizada por lesões e dor na pele, com formação de bolhas com pus, formigamento e coceira. Segundo dados da pesquisa, entre 2017 e 2019, eram pouco mais de 30 casos da doença por milhão de habitantes. Em 2020, a média ficou em quase 41 casos por milhão de habitantes.
Os pesquisadores ainda investigam se as infecções por Covid-19 podem ter influenciado no aumento dos casos de herpes zoster.
“Temos relacionado [a maior incidência da doença] ao estresse, que, como sabemos, abaixa a imunidade, fragilizando a exposição a doenças tanto virais quanto infecciosas”, explica a dermatologista Adriana Vilarinho. “Também a própria Covid tem causado uma alteração inflamatória importante e, com isso, deixando o organismo mais fragilizado ao aparecimento de outras doenças, como a herpes.”
Fernando Gomes explica que além dessa possibilidade, o aumento de casos de herpes zoster pode estar relacionado com a ansiedade causada no período de distanciamento social.
“Quando falamos herpes zoster, no dito popular chamada ‘cobreiro’, nada mais é do que a manifestação de uma infecção pelo vírus da Varicella. O quadro clínico acaba sendo muito desconfortável para os pacientes porque aparecem vesículas que provocam a sensação de formigamento, aumento da sensibilidade local, muitas vezes coceira, sensação de mal-estar e queimação.”