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    Crivella sobre idosos em favelas: Tentando trazer para os hotéis da cidade

    Primeiro caso da doença foi confirmado na Cidade de Deus

    Da CNN , em São Paulo

     

    Após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no sábado (21), na Cidade de Deus, moradores da comunidade têm procurado alternativas e soluções para para lidar com o possível avanço na região. A notícia também assustou moradores de outras comunidades. O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, revelou que o município levar idosos que vivem nesses locais para hotéis da cidade. 

    Em vídeo enviado à CNN, a moradora da Mangueira, comunidade do Rio, Kely Louzada, conta como está a rotina da população após o registro de primeiro caso na Cidade de Deus e faz questionamentos quanto à proteção na favela. “Nós, moradores, andamos muito preocupados com a questão dessa pandemia. Como vamos nos isolar se moramos em lugares onde os becos são apertados e sem ventilação? Como vamos nos isolar se dividimos a mesma casa com diversas pessoas? Como vamos nos isolar se não temos estrutura para isso? Como vamos nos higienizar se há falta de água no morro e se não temos dinheiro para poder comprar álcool gel?”, indagou.

    E questionou o poder público: “Eu quero que os governos e as entidades que estão envolvidas neste processo nos respondam, tragam as respostas para nós, moradores de favela. Está se falando muito de proibição, como proibir nós, que moramos em favela, se a maioria de nossos empregos são informais? Como nós vamos sair para ganhar o nosso pão do dia a dia para poder manter nossa família? Principalmente para poder ter dinheiro para comprar uma água, álcool em gel e sabão para se manter higienizado? Eu quero respostas e não questionamentos. Daqui a pouco se vier alguém contaminado, nós vamos morrer”, enfatizou. 

    Em resposta à emissora, o prefeito Marcelo Crivella alegou que medidas estão sendo tomadas e galões com água e sabão estão sendo colocados na entrada das comunidades. “Há também pessoas idosas, que estão em aglomeração involuntária – que moram em casas com muitas pessoas –, são pessoas que estão sendo monitoradas pela equipe de saúde e que estamos tentando trazer para os hotéis da cidade, que ainda estão com uma lotação muito baixa. É assim que nós estamos procurando preservar as comunidades”, concluiu.

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