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    Coquetel aprovado pela Anvisa é indicado no início da Covid-19, diz pesquisador

    Infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda informou à CNN que os remédios servem para prevenir os grupos de risco de uma evolução da doença

    Juliana Alves, da CNN, em São Paulo

     

    Em entrevista à CNN, o infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda ressaltou que o coquetel de medicamentos aprovado pela Anvisa para combater à Covid-19 só deve ser utilizado em pacientes que não estão em estado grave. 

    “Esse tratamento só deve ser ofertado no início da doença, quando há uma maior carga viral. É para pacientes ambulatoriais, que não estão graves”, disse o pesquisador. “Serve para prevenir a evolução do vírus e a necessidade de uso de oxigênio, por isso deve ser destinado aos grupos de risco”, acrescentou.

    Apesar da aprovação para uso emergencial do coquetel composto por Casirivimabe e Imdevimabe, Croda aponta o alto custo dos remédios, o que não deve ocasionar uma produção em massa. De acordo com o infectologista, o custo é entre US$ 1.200 e US$ 1.500 nos EUA.

    “Para um tipo de tratamento que deve ser usado de forma a evitar o agravamento nesses grupos especiais, continua sendo uma terapia bastante cara”, explica.

    “Temos dúvida se realmente vai atender os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), pelo número enorme de pacientes, sendo que nem a empresa responsável tem a capacidade de produzir uma quantidade importante de ampolas desse medicamento.”  

    O infectologista Julio Croda falou sobre o coquetel contra a Covid
    O infectologista Julio Croda explicou como funciona o coquetel de medicamentos contra a Covid aprovado pela Anvisa (20.abr.2021)
    Foto: Reprodução / CNN

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