Se vacinação acelerar, internações e mortes diminuem no fim de abril, diz Conass
À CNN, Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, projetou recordes de mortes diárias por Covid-19 ainda nesta semana
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) projeta que, caso a vacinação acelere, os números de casos, internações e mortes por Covid-19 diminuirão a partir do final de abril. Em entrevista à CNN, o presidente do conselho, Carlos Lula, que é secretário de Saúde do Maranhão, disse que a projeção leva em conta o cronograma de imunização apresentado pelo Ministério da Saúde.
“Mantido o cronograma, mesmo na pior previsão, vamos ter vacinado todos acima de 60 anos [até o final de abril], público que corresponde a 2/3 da nossa internação. Com essas pessoas vacinadas, a tendência é que tenhamos diminuição de internação e, por consequência, do número de óbitos”, detalhou.
A previsão para os próximos dias, entretanto, é menos otimista. Segundo Carlos Lula, esta semana deve ser mais letal do que a anterior, que registrou dias seguidos de recordes no número de mortes pela Covid-19.
Muito provavelmente, nessa semana ainda, a gente ultrapasse a marca de 3 mil óbitos diários. Agora, começamos a perder pessoas sem ter acesso a um leito de UTI ou enfermaria. A letalidade ainda vai aumentar nos próximos dias
Carlos Lula, presidente do Conass
“Nosso prognóstico é que, com o avanço da vacinação, a gente possa ter no final de abril diminuição no número de casos e mortes. Antes disso, infelizmente, a gente não vê nenhum tipo de melhora. Março provavelmente será o pior momento em toda a pandemia”, afirmou o secretário.
Carlos Lula não descartou a possibilidade de o número de mortes diárias chegar a 4 mil, caso as medidas restritivas adotadas por alguns estados não surtam rápido efeito nacionalmente.
Reunião com o Ministério da Saúde
O presidente do Conass também reforçou o alerta para o fim do estoque de medicamentos do chamado kit intubação, essencial para o tratamento de pacientes graves da Covid-19.
O governo federal se reúne nesta segunda-feira (22) e nesta terça-feira (23) com representantes da indústria farmacêutica para buscar soluções para a falta desses remédios, mas Carlos Lula disse que a reunião deveria ter acontecido no domingo (22).