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    Como a percepção da vulnerabilidade pode fortalecer o indivíduo emocionalmente

    Especialistas explicam que a vulnerabilidade pode estar ligada a situações físicas, econômicas ou emocionais

    Ingrid Oliveirada CNN

    No quadro Correspondente Médico desta quinta-feira (14), do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explica como se dá a percepção da vulnerabilidade e como isso pode estar associado aos sentimentos.

    Segundo o neurocirurgião, existe uma questão relacionada a coexistência, que é única, a inteligência intrapessoal, a influência do mundo digital, e a aceitação.

    “Entender e ter essa percepção, entender que isso [se sentir vulnerável] não esconde uma fraqueza, mas na verdade uma grande riqueza de se autoconhecer, faz todo sentido”, afirma.

    A vulnerabilidade se instalou no mundo, seja por questões emocionais, econômicas ou físicas. Às vezes essa condição está associada a fatores de influência do mundo externo.

    A palavra “vulnerabilidade” é associada à insegurança, instabilidade e fragilidade.

    Como explicou o médico, há situações reais e momentos de vulnerabilidade que têm influência do mundo exterior. Ou seja, existe uma diferença em estar vulnerável e se sentir vulnerável.

    “A gente tem uma vulnerabilidade dita real, quando a gente olha para o mundo físico — quem está na zona de conflito agora está numa situação vulnerável. Mas o grande detalhe, é a própria percepção [de sentimento] e isso pode ser muito individual”, disse Gomes.

    Gomes disse que sempre que o indivíduo se vê vulnerável, ele aciona o sistema límbico — conhecido como “cérebro emocional”. Essa estrutura cerebral, como o próprio nome já diz, se relaciona com comportamentos relacionados às emoções.

    O especialista aponta que o medo de que o indivíduo já traz embutido, por questões pessoais e individuais, muitas vezes esconde a chave do verdadeiro sucesso. “A partir do momento em que a pessoa se conhece, sabe para onde deve caminhar, isso a fortalece”.

    O filósofo e psicanalista René Dentz explica que não é fácil ouvir de outros que devemos ter força de vontade, ou que ela nos falta diante de um comportamento negativo repetido ou mesmo compulsivo.

    “Por mais que sigamos orientações de amigos e colegas, as dicas ou fórmulas mágicas parecem não funcionar conosco. No fim, acabamos adicionando mais culpa ao nosso já difícil cenário particular.”

    Questionado sobre se o estresse é uma forma de vulnerabilidade, o Gomes afirma que sim — e não somente o indivíduo, os locais que ele frequenta (mundo externo) também podem ser pontos que acentuam a vulnerabilidade.

    “Um ambiente onde é favorável para que o estresse aconteça de uma forma coletiva, coloca todas as pessoas em uma situação de vulnerabilidade”, disse.