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    Combate à tuberculose é um desafio para o Brasil, diz presidente de grupo de trabalho da OMS

    À CNN Rádio, a epidemiologista Ethel Maciel, que é secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, lembrou que o Brasil está entre os 30 países com maior incidência da doença

    Amanda Garciada CNN

    O Brasil tem uma média de 5 mil mortes por tuberculose todos os anos e o combate à doença é um desafio para o País.

    Esta é a avaliação de Ethel Maciel, que é a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, e agora assume a presidência de grupo de trabalho focado na tuberculose da OMS.

    São 12 países que integram este grupo, que buscará soluções para a erradicação da doença no mundo.

    À CNN Rádio, Ethel Maciel disse que recebeu o convite para o novo posto com alegria: “É fruto de muito trabalho e mostra a qualidade do que o Brasil vem fazendo.”

    Ela lembra, porém, que o País está entre as 30 nações que mais concentram casos de tuberculose no mundo.

    “A doença atinge de forma desproporcional as populações mais vulneráveis socialmente, que não tem acesso à moradia e alimentação, por exemplo”, explicou.

    De acordo com a epidemiologista, os anos de pandemia de Covid-19 causaram um retrocesso no combate à doença.

    “Estamos com os mesmos indicadores de mortalidade de 10 anos atrás, as pessoas têm chegado com quadros mais graves”, disse.

    Dentro do Ministério da Saúde, um comitê interministerial atua desde o começo do ano para a eliminação da tuberculose e outras doenças de fator social.

    “É prioridade a eliminação delas, temos planos até 2023, com uma série de ações, como pesquisa, melhorias no serviço e educação da população”, completou.

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    Ethel reforçou que pessoas que apresentam tosse há mais de duas semanas devem procurar serviços de saúde, já que pode ser tuberculose.

    “O tratamento é todo gratuito pelo SUS”, completou.

    Ela ainda disse que este tratamento demora 6 meses para eliminar a bactéria do organismo, e isto o torna desafiador, pelo acompanhamento do paciente durante todo esse tempo.

    *Com produção de Isabel Campos

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