Com MP, cidades do RJ preparam compra da Coronavac; secretário estadual é contra
Secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves, disse que será “um grande desastre” caso as cidades comprem, por conta própria, vacinas
A Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – que prevê a compra de vacinas contra Covid-19 sem licitação e antes de autorização da Anvisa – animou as cidades do Rio de Janeiro que fecharam acordo com o Instituto Butantan para obter doses da vacina Coronavac. A eficácia do imunizante foi divulgada nesta quinta-feira (7), e é de 78%.
A CNN apurou com representantes de cidades da região metropolitana, como Niterói e Maricá, que, agora, há segurança jurídica para que os termos de cooperação assinados com o Butantan se tornem contratos de fato, ou seja, que a compra seja efetivamente realizada.
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Diretor do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovações de Maricá, o ex-ministro Celso Pansera afirmou que, mesmo com a afirmação de que a Coronavac está dentro do Plano Nacional de Imunização, a ideia da cidade é manter a compra de 440 mil doses.
“Agora, temos, com a MP do governo federal, uma forma de agilizar a imunização de todos os moradores da cidade”, afirmou Pansera.
No entanto, o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves, disse que será “um grande desastre” caso as cidades comprem, por conta própria, vacinas contra Covid-19.
“Sou totalmente contrário. É uma fragmentação da vacinação. Cada cidade vai fazer de uma forma, e os municípios não têm fronteira, pode misturar imunizantes”, declarou Chaves à CNN.
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A possibilidade de compra por municípios de vacinas contra Covid-19 também é rejeitada pelo Ministério da Saúde. Em reunião realizada em dezembro passado, o secretário-executivo Elcio Franco declarou que a universalidade da vacina, prevista no Sistema Único de Saúde, será prejudicada se estados e cidades comprarem suas próprias doses de imunizantes.