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    Com baixa cobertura vacinal, volta do sarampo e da pólio preocupa, alerta Unicef

    À CNN, a oficial de saúde do Unicef, Stéphanie Amaral, destacou que é inaceitável que crianças morram e sofram por doenças preveníveis por vacinas

    Vacinação de crianças em São Paulo (SP)
    Vacinação de crianças em São Paulo (SP) Foto: Governo do Estado de São Paulo

    Amanda GarciaBel Camposda CNN

    em São Paulo

    A baixa cobertura vacinal de crianças pode abrir espaço para o retorno de doenças como o sarampo e a poliomielite. O alerta é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

    Em apenas três anos, a cobertura de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola no Brasil caiu de 93,1%, em 2019, para 71,49% em 2021.

    Em entrevista à CNN, a oficial de saúde do Unicef no Brasil, Stéphanie Amaral, destacou que a queda tem sido percebida desde 2015.

    “A cobertura da pólio, por exemplo, chegava a quase 100% em 2015, em 2019 teve queda para 84% e em 2021 caiu muito mais drasticamente, para 67%”.

    Segundo ela, “isso é muito preocupante porque estamos correndo risco de que essas doenças voltem, elas têm gravidade e podem levar à mortalidade, a pólio traz a paralisia infantil e também a morte. É uma situação agravada que a gente precisa reverter não podemos aceitar que crianças morram e sofram por doenças facilmente preveníveis por vacinas”.

    Na avaliação da oficial do Unicef, pesquisas apontam que uma série de fatores interfere na falta de adesão à vacinação.

    “Ela passa pela baixa percepção da gravidade das doenças, já que elas não têm sido vistas há muito tempo, a nova geração de pais, mães e médicos nunca conviveram com elas e pensam que está tudo bem e que não há perigo, esse é um pensamento errado, e percebemos isso com a volta do sarampo.”

    Stéphanie afirma acreditar que a pandemia agravou a situação que já vinha sendo identificada. Outro ponto é a circulação de fake news: “A disseminação de notícias falsas tem papel na diminuição da cobertura vacinal”.

    “Precisamos fortalecer o Programa Nacional de Imunizações e a capacidade dos profissionais de saúde e mobilizar a população para entender a gravidade da situação e, assim, levar as crianças para vacinar”, disse.

    Ela ainda defendeu que haja busca ativa das crianças que não foram vacinadas e reforçou que os imunizantes são seguros e alvos de pesquisa há anos.