Com baixa cobertura vacinal, volta do sarampo e da pólio preocupa, alerta Unicef
À CNN, a oficial de saúde do Unicef, Stéphanie Amaral, destacou que é inaceitável que crianças morram e sofram por doenças preveníveis por vacinas
![Vacinação de crianças em São Paulo (SP) Vacinação de crianças em São Paulo (SP)](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/03/vacinacao_criancas_sp-10.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
A baixa cobertura vacinal de crianças pode abrir espaço para o retorno de doenças como o sarampo e a poliomielite. O alerta é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Em apenas três anos, a cobertura de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola no Brasil caiu de 93,1%, em 2019, para 71,49% em 2021.
Em entrevista à CNN, a oficial de saúde do Unicef no Brasil, Stéphanie Amaral, destacou que a queda tem sido percebida desde 2015.
“A cobertura da pólio, por exemplo, chegava a quase 100% em 2015, em 2019 teve queda para 84% e em 2021 caiu muito mais drasticamente, para 67%”.
Segundo ela, “isso é muito preocupante porque estamos correndo risco de que essas doenças voltem, elas têm gravidade e podem levar à mortalidade, a pólio traz a paralisia infantil e também a morte. É uma situação agravada que a gente precisa reverter não podemos aceitar que crianças morram e sofram por doenças facilmente preveníveis por vacinas”.
Na avaliação da oficial do Unicef, pesquisas apontam que uma série de fatores interfere na falta de adesão à vacinação.
“Ela passa pela baixa percepção da gravidade das doenças, já que elas não têm sido vistas há muito tempo, a nova geração de pais, mães e médicos nunca conviveram com elas e pensam que está tudo bem e que não há perigo, esse é um pensamento errado, e percebemos isso com a volta do sarampo.”
Stéphanie afirma acreditar que a pandemia agravou a situação que já vinha sendo identificada. Outro ponto é a circulação de fake news: “A disseminação de notícias falsas tem papel na diminuição da cobertura vacinal”.
“Precisamos fortalecer o Programa Nacional de Imunizações e a capacidade dos profissionais de saúde e mobilizar a população para entender a gravidade da situação e, assim, levar as crianças para vacinar”, disse.
Ela ainda defendeu que haja busca ativa das crianças que não foram vacinadas e reforçou que os imunizantes são seguros e alvos de pesquisa há anos.
- 1 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Porto Alegre (RS)
Crédito: Cristine Rochol/PMPA - 2 de 16
Vacinação de crianças com a Coronavac em São Paulo
Crédito: Governo do Estado de São Paulo - 3 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Recife (PE)
Crédito: Iggor Gomes/PCR - 4 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Jundiaí (SP)
Crédito: Pedro Amora/Prefeitura de Jundiaí - 5 de 16
Recife, em Pernambuco, começa a vacinar crianças contra a Covid-19
Crédito: Reprodução/Lula Carneiro/PCR - 6 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Distrito Federal
Crédito: Sandro Araújo/Agência Saúde DF - 7 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 em São Luís (MA)
Crédito: Prefeitura de São Luís - 8 de 16
São Paulo iniciou vacinação de crianças contra a Covid-19 no dia 14 de janeiro
Crédito: Governo do Estado de São Paulo - 9 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Vitória, no Espírito Santo
Crédito: Gabriel/Werneck/PMV - 10 de 16
Crianças recebem vacina contra a Covid-19 em Maricá (RJ)
Crédito: Prefeitura de Maricá - 11 de 16
Vacinação contra a Covid-19 em Taguatinga, no Distrito Federal
Crédito: José Cruz/Agência Brasil - 12 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Fortaleza, no Ceará
Crédito: Marcos Moura/Prefeitura de Fortaleza - 13 de 16
Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Rio de Janeiro (RJ)
Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil - 14 de 16
Início da vacinação de crianças contra a Covid-19 em Fortaleza, no Ceará
Crédito: Divulgação - 15 de 16
Início da campanha de vacinação de crianças contra a Covid-19 em Aracaju, no Sergipe
Crédito: Divulgação - 16 de 16
Salvador, na Bahia, dá início à vacinação de crianças contra a Covid-19
Crédito: Divulgação