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    Com baixa adesão e epidemia em 2021, Rio começa nova campanha contra a gripe

    Meta neste ano é imunizar 90% do público alvo da campanha; aano passado, apenas 61,7% do público alvo recebeu a vacina contra a influenza na capital

    Aposentada Isabel da Costa sendo vacinada contra gripe
    Aposentada Isabel da Costa sendo vacinada contra gripe Cleber Rodrigues/CNN

    Cleber RodriguesIuri Corsinida CNN Rio de Janeiro

    O Rio de Janeiro deu início nesta segunda-feira (4) à campanha de vacinação contra a gripe. A meta, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é atingir a cobertura de 90% dos grupos prioritários, que englobam cerca de 1,8 milhão de pessoas na capital.

    Nessa primeira fase de campanha serão vacinados idosos acima dos 80 anos, idosos que vivem em instituições de longa permanência e os trabalhadores destas instituições, trabalhadores acima dos 60 anos e trabalhadores da área da saúde. São 240 postos de saúde à disposição da população carioca.

    O objetivo é um desafio, uma vez que no ano passado houve baixa adesão à campanha, o que gerou preocupações em relação ao aumento do número de casos da doença.

    No ano passado, o Rio foi um dos quatro estados do país que enfrentou uma epidemia de influenza.

    A cobertura vacinal em 2021 foi de 61,7% na capital fluminense, quando foram aplicadas 2,9 milhões de doses da vacina em todo o público alvo. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura ficou em cerca de 71%. Em 2020, por exemplo, esse percentual era de 96% e em 2019 de 91%.

    Segundo o novo secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado, a capital já recebeu uma entrega de vacinas contra a gripe do Ministério da Saúde, que será suficiente para vacinar todos os primeiros grupos elencados no calendário. Em evento realizado nesta segunda-feira para dar início à campanha, Prado destacou a importância da adesão da população.

    “A gripe é uma doença sazonal de inverno. Então quanto mais cedo as pessoas se vacinarem, mais elas estarão protegidas quando o inverno chegar. Por isso é importante não deixar para última hora”, disse o secretário à CNN.

    A idosa Isabel da Costa, de 83 anos, foi uma das vacinadas já nesta segunda-feira. Ela falou sobre a importância dos cuidados à saúde e disse que sempre aderiu a todas as campanhas de vacinação feitas.

    “Estou muito bem de saúde, porque eu sempre me cuidei desde que eu me conheço por gente. Estou bem, estou ótima, estou linda, bonita, feliz, alegre e contente. Melhor que os meus três filhos, quatro netos e uma bisneta. E agora também mais protegida. Agora vou esperar a Pfizer para tomar a quarta dose (da Covid-19), que eu ainda não tenho”, comentou Isabel, esbanjando simpatia e bom humor.

    Capital tem menos de 20 pessoas internadas por Covid

    Durante a abertura da campanha de vacinação contra a gripe, o novo secretário de saúde também falou sobre o cenário da Covid na capital.

    De acordo com Prado, o município vive um dos melhores cenários epidemiológicos desde o início da pandemia, com baixos índices de casos e óbitos, e menos de 20 pessoas internadas por causa da doença.

    “Pra gente conseguir manter esse cenário, é preciso que as pessoas que ainda não tomaram alguma dose ou a dose de reforço, procurem os postos de saúde para se vacinar”, apelou Rodrigo Prado.

    Foi o que fez a aposentada Janete Silva. Nesta segunda ela procurou um posto de saúde, no bairro Tijuca, e se vacinou contra a gripe e a covid. Uma dupla proteção, que ela recomenda a todos.

    “Eu faço acompanhamento médico já faz 16 anos. Então ele me diz — tem que usar máscara, tem que tomar as vacinas — e eu faço tudo certinho. Ele disse que se eu fizer isso, eu chego nos 90 anos”, disse ela, gargalhando, após se vacinar.