Com alta de 23% nas mortes por Covid, Brasil tem a semana mais letal da pandemia
Em meio à escalada da doença, esse também foi o pior fim de semana da pandemia em número de mortes no país: 3.728 vítimas em 48 horas
Entre a segunda-feira (15) e esse domingo (21), o Brasil teve um aumento de 23% nas mortes por Covid-19 e registrou a semana mais letal desde o início da pandemia, com 15.813 vítimas da doença. Na semana passada, nos sete dias, entre 8 e 14 de março, haviam sido registrados 12.818 óbitos.
Em meio à escalada da doença, esse também foi o pior fim de semana da pandemia em número de mortes no país: 3.728 vítimas em 48 horas.
Segundo o Ministério da Saúde, já são 294.042 mortos em decorrência da doença e 11.998.233 casos de pessoas infectadas.
O Brasil é o segundo país no mundo com mais mortos e infectados por Covid-19, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, onde 542.356 morreram e 29.818.528 casos da doença foram confirmados.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a Covid-19 já matou 2.715.292 e infectou 123.207.169 em todo o mundo.
Doença que mais matou em 2021 no Brasil
No período entre 1º de janeiro e 18 de março deste ano, a doença causada pelo novo coronavírus foi a maior causa isolada de mortes no Brasil em 2021, com 92 mil óbitos, segundo levantamento feito pela CNN, com base em dados do Portal da Transparência de Registro Civil da Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais).
O número corresponde a 28% do total das mortes no ano. Dados de anos anteriores do Datasus (Departamento de informática do Sistema Único de Saúde) mostram que, com 272 mil mortes em um ano, a doença seria a principal causa de óbitos no país, quando comparada com a média anual por outros motivos.
Somadas, as doenças respiratórias – como a síndrome respiratória e as pneumonias – representam 15% das mortes deste ano, de acordo com os dados da Arpen, enquanto infarto e doenças do coração corresponderam a 12% do total. AVC e doenças indeterminadas, 7%.
Todas as demais causas de morte – desde as naturais, como diabetes e câncer, até as não naturais, como acidentes de trânsito e homicídios -, somadas, representaram 29% do total.
(Com informações de André Rosa e Vital Neto)