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    Com alta contínua nos casos, UTIs brasileiras podem ficar sob pressão, diz OMS

    Diretor executivo do órgão diz que estruturas têm suportado os casos, mas podem ficar pressionadas caso episódios sigam crescendo

    O diretor-executivo de emergência em saúde da OMS Michael Ryan durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça
    O diretor-executivo de emergência em saúde da OMS Michael Ryan durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça Foto: Denis Balibouse/Reuters (3.mai.2020)

    da CNN, em São Paulo

    O diretor executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan, alertou nesta sexta-feira (19) que as UTIs brasileiras, apesar de continuarem a dar conta da situação, podem sofrer pressão diante de um avanço contínuo da Covid-19 no país. 

    “No geral, elas continuam a dar conta, mas é difícil para qualquer sistema suportar uma contínua alta nos casos, a pressão persistente sobre o sistema”, afirmou ele, durante entrevista coletiva.

    Atualmente, quatro estados brasileiros têm taxas de ocupação de UTI acima de 80%: Acre (91,7%), Alagoas (84%), Espírito Santo (82,7%) e Pernambuco (82%).

    Nesta sexta, quase 55 mil novos casos foram confirmados no país, e o número total de diagnósticos ultrapassou 1 milhão.

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    Ryan disse que o cenário requer que o governo e a sociedade civil trabalhem juntos para conter a disseminação do vírus. Além disso, pediu que todos os níveis de governo também mostrem união diante da pandemia.

    Ao mesmo tempo, o diretor lembrou que a situação no país não é homogênea, comentando que essa é uma questão importante nas grandes nações. “Temos visto achatamento dos casos em algumas regiões, mas um contínuo aumento em outras”, afirmou.

    Ryan ainda elogiou o trabalho dos profissionais de saúde do Brasil, que estão “bravamente na linha de frente”. Ele disse que mais de 12% dos casos da doença do país ocorreram em profissionais de saúde, o que dá uma mostra da “coragem e profissionalismo” desse grupo. Ele também garantiu que a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), braço regional da OMS tem trabalhado de perto com o país, tanto em nível federal quanto estadual, o que continuará a ser feito.

    Com informações do Estadão Conteúdo