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    CNN visita fábrica da vacina contra a Covid-19 na Rússia

    Mesmo sem concluir todas as fases de testes, país foi o primeiro a registrar um imunizante (Sputnik V) contra o novo coronavírus

     

    Em agosto, o presidente russo Vladimir Putin surpreendeu o mundo ao anunciar que o Instituto Gamaleya, em Moscou, havia produzido uma fórmula de imunização para a Covid-19. E que a aplicação da Sputnik V começaria em questão de meses. A afirmação gerou uma polêmica internacional, pela rapidez na aprovação da vacina. A CNN conseguiu uma autorização especial para entrar no laboratório onde surgiu a substância.

    A visita mostra como um antigo centro de pesquisa do governo venceu a corrida travada pelas maiores farmacêuticas do mundo.

    A vacina russa se encontra na Fase 3 de testes. Em setembro, estudo publicado na revista médica The Lancet com os testes das Fases 1 e 2 mostrou que 100% dos participantes desenvolveram anticorpos para o novo coronavírus e nenhum efeito colateral sério. 

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    Exclusivo: CNN visita fábrica da vacina contra a Covid-19 na Rússia
    Exclusivo: CNN visita fábrica da vacina contra a Covid-19 na Rússia
    Foto: Reprodução/CNN (7.out.20)

    No Brasil, os governos de Bahia e Paraná fecharam acordos para receber a vacina russa.

    Visita ao laboratório

    Um ponto a ser levado em consideração é o histórico da Rússia no desenvolvimento de antivirais. Segundo os responsáveis pelo laboratório, tecnologias aplicadas em pesquisas anteriores contra doenças respiratórias foram essenciais para a descoberta da vacina contra a Covid-19.

    Em uma rara entrevista à imprensa estrangeira, o diretor do instituto Gamaleya, Alexander Gintsburg, rebateu críticas sobre a decisão da Rússia em dispensar a Fase 3 de testes antes do registro – que é a mais complexa e mais demorada.

    Gintsburg subiu o tom e sugeriu aos críticos que perguntassem para quem perdeu um parente para o vírus.

    “Vocês iriam preferir esperar os resultados ou vacinar aqueles que amam quando a fórmula se mostrou eficiente? A resposta é óbvia”, ressaltou.

    (Edição: André Rigue)