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    CNN Sinais Vitais

    CNN Sinais Vitais destaca os desafios da obesidade para a medicina

    Federação Mundial da Obesidade alerta para medidas urgentes para conter o problema de saúde pública

    Lucas Rochada CNN

    em São Paulo

    Mais de 4 bilhões de pessoas serão obesas ou estarão acima do peso no mundo até 2035, de acordo com a Federação Mundial da Obesidade, que alerta para medidas urgentes para conter o problema de saúde pública.

    Nesta semana, o CNN Sinais Vitais, apresentado pelo cardiologista Roberto Kalil, abordará o tema, um dos mais desafiadores da medicina moderna. “É um problema de saúde pública, porque é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares como o infarto e o acidente vascular cerebral”, destaca Kalil.

    A reprise do episódio vai ao ar neste sábado (1º), às 19h15. Participam da atração especialistas de diversas áreas, como endocrinologia, nutrição e psiquiatria.

    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sobrepeso e a obesidade são definidos como acúmulo anormal ou excessivo de gordura que pode prejudicar a saúde.

    Especialistas apontam que a simples associação entre obesidade e doença não é uma equação simples e não contribui efetivamente para se combater um problema que é de saúde pública.

    O aumento de peso está relacionado a causas multifatoriais que vão além das opções alimentares, incluindo o contexto social, preços dos alimentos e questões genéticas.

    “Ela se caracteriza quando um indivíduo tem um acúmulo de gordura acima do adequado para sua faixa etária e altura. Muitas vezes, a gordura se localiza na região abdominal”, afirma a doutora em endocrinologia do Hospital Sírio-Libanês Cláudia Cozer Kalil, do Núcleo de Obesidade e Cirurgia Bariátrica (veja a entrevista no vídeo acima).

    Segundo a especialista, os hábitos de alimentação de uma família podem ter um impacto de até 80% no aumento da população de obesos. “Esse número é maior do que a genética, porque antigamente comia-se mais alimentos in natura, enquanto hoje nossa alimentação é feita de comida processada, industrializada, rica em gorduras, açúcares e carboidratos. Além disso, as pessoas se movimentam muito menos a pé”, diz.

    A nutricionista funcional Thaís Cardeal, que também participa do episódio, acrescenta que alimentação saudável não é só comer salada e grelhados. “É um contexto geral do dia a dia. De manhã, consumir alimentos com proteína, carboidratos, gorduras boas. No almoço, verduras, arroz, feijão e carne. Comer um dia uma pizza não torna a sua dieta pobre em nutrientes”, diz.

    Impacto psicológico e cirurgia bariátrica

    Para Alexandre de Azevedo, psiquiatra do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), a obesidade pode ser considerada uma questão clínica e também psíquica. “A pandemia repercutiu emocionalmente e comprometeu o controle alimentar”, afirma.

    O programa também irá abordar o aumento de peso dos brasileiros durante a pandemia. Segundo o Instituto Ipsos, 52% dos brasileiros engordaram no período. Em média, foram 6,5 kg por pessoa.

    Com exclusividade, a equipe da CNN acompanhou uma das mais avançadas cirurgias bariátricas do mundo, em que um robô substitui as mãos do cirurgião com precisão. O Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias bariátricas, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

    Desde 2013, a cirurgia é oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS). No episódio, o coordenador de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital das Clínicas, Marco Aurélio Santo, explica quais são os tipos mais utilizados de cirurgia bariátrica.