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    Cidade do Rio passa a exigir passaporte da vacina para maiores de 40 anos

    Balanço do município aponta mais de 300 mil 'atrasados' da vacinação, que podem ser barrados em estabelecimentos

    Vacinação contra a Covid-19 no Rio de Janeiro
    Vacinação contra a Covid-19 no Rio de Janeiro Fernando Frazão/Agência Brasil

    Iuri Corsinida CNN no Rio de Janeiro

    O Rio de Janeiro tornou obrigatória a apresentação do passaporte da vacina para uso de espaços coletivos para pessoas de 40 anos ou mais a partir desta sexta-feira (1º). Até então, a exigência valia apenas para a faixa etária a partir de 50 anos. A decisão entra em vigor em um cenário no qual a cidade tem quase 325 mil pessoas a partir deste grupo etário em atraso na campanha de imunização.

    Deste total, mais de 18 mil pessoas não receberam qualquer dose de imunizante contra a Covid-19. A maioria, no entanto, recebeu a primeira aplicação e, apesar de o calendário já ter determinado o retorno, não voltaram aos postos para concluir a imunização. Elas somam 306,3 mil cariocas. No grupo de 40 a 49 anos, há 183,8 mil cariocas em atraso.

    A cobrança do esquema vacinal completo tem sido gradativa no Rio de Janeiro que, aos poucos, amplia a exigência por faixa etária. A partir de 1º de novembro, a norma valerá também para pessoas entre 30 e 39 anos e, na segunda quinzena do mês, todos os maiores de 18 anos precisarão comprovar a imunização completa.

    Para que isto aconteça, será necessário correr contra o tempo. A cidade tem 1,2 milhão de pessoas entre 18 e 39 anos que ainda não receberam a segunda dose, e outras 46,5 mil que não apareceram nos postos ne mesmo para a primeira. O comprovante de vacinação permite frequentar ambientes como academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e condicionamento físicos, museus, cinemas, galerias e pontos turísticos.

    Para alcançar os atrasados, a prefeitura do Rio de Janeiro fará esse mês vacinação em locais onde há grande circulação de pessoas, como estações dos corredores BRT e estações do metrô. De acordo com o município, a maioria dos pacientes internados com Covid-19 na rede SUS é formada por quem não recebeu sequer uma dose da vacina ou que apresenta esquema vacinal incompleto.

    Na quinta-feira (30), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux reestabeleceu o passaporte da vacina, que tinha sido derrubado por uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

    Atraso vacinal por faixa etária na cidade do Rio de Janeiro:

    • 12 a 17 anos: 63.843 (1ª dose)
    • 18 e 19: 5.514 (1ª) e 131.263 (2ª)
    • 20 a 29: 9.080 (1ª) e 588.093 (2ª)
    • 30 a 39: 31.981 (1ª) e 528.692 (2ª)
    • 40 a 49: sem atraso (1ª) e 183.847 (2ª)
    • 50 a 59: sem atraso (1ª) e 68.996 (2ª)
    • 60 a 64: sem atraso (1ª) e 30.109 (2ª)
    • 65 a 69: sem atraso para as duas doses ou dose única
    • 70 a 74: 9.208 (1ª) e 2.391 (2ª)
    • 75 a 79: sem atraso (1ª) e 13.491 (2ª)
    • 80 ou mais: 9.170 (1ª) e 7.486 (2ª)

    Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e estão disponíveis no Painel Covid-19. O número de pessoas com a segunda dose em atraso contabiliza apenas aquelas que receberam a primeira e não retornaram para concluir a imunização.

    A aplicação da segunda dose para o público de 12 a 17 anos ainda não começou e, por isto, não há atraso para esse grupo etário.