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    Cerveja faz mal para a saúde? Veja 11 mitos e verdades

    Para marcar o Dia Internacional da Cerveja, celebrado nesta sexta-feira (2), nutricionista explica o que é real e o que não é sobre os efeitos da bebida no corpo

    Gabriela Maraccinida CNN

    A cerveja é uma das bebidas favoritas dos brasileiros. O Brasil é o terceiro maior país com adeptos à bebida do mundo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Nesta sexta-feira (2), é comemorado o Dia Internacional da Cerveja, mas, afinal, será que a bebida que é a queridinha de muitas pessoas faz realmente mal à saúde?

    Para responder a essa e outras perguntas, a CNN conversou com Fernanda Lopes, nutricionista do Emagrecentro, clínica especializada em emagrecimento e estética corporal. A especialista compartilha o que é realmente verdade e o que é mito sobre a relação entre cerveja e saúde. Confira!

    1. Cerveja causa barriga

    Mito. Segundo a nutricionista, o ganho de peso que pode levar ao aumento da barriga está mais relacionado ao consumo em excesso de calorias na dieta do que especificamente à cerveja.

    “O inchaço que pode acontecer após o consumo da bebida está atrelado a fermentação dos carboidratos no líquido, que gera um desconforto abdominal em algumas pessoas”, revela Lopes.

    2. Uma lata de cerveja é equivalente a um pão

    Verdade. Essa é uma das comparações mais famosas quando se diz respeito à cerveja e, segundo Lopes, faz sentido. “Analisando as calorias, uma lata de cerveja (com aproximadamente 355 ml) contém geralmente entre 150 e 200 calorias, dependendo da marca e do tipo. Por outro lado, um pão francês contém cerca de 130 a 150 calorias. Portanto, a quantidade de calorias em uma lata de cerveja é geralmente semelhante ou ligeiramente maior do que a de um pão francês”, explica.

    Assim, é possível afirmar, em termos de calorias, que uma lata de cerveja e um pão francês são equivalentes.

    3. Cerveja pode aumentar o nível de colesterol

    Depende. Estudos já mostraram que o álcool em excesso pode ter um impacto negativo na saúde, podendo aumentar o nível de colesterol LDL (considerado “ruim”) e diminuir o colesterol HDL (considerado “bom”) quando consumido em grandes quantidades.

    “No entanto, o efeito da cerveja especificamente é menos estudado, e o impacto pode variar dependendo da quantidade consumida e do perfil de saúde individual”, pondera Lopes.

    4. Cerveja desidrata

    Verdade. “O álcool presente na bebida tem um efeito diurético, levando à perda temporária de líquidos, e potencialmente, à desidratação, se não houver um consumo adequado de água em paralelo”, esclarece a especialista.

    Como dica de consumo, Lopes pontua que os homens podem consumir até duas doses padrão da bebida, enquanto, para as mulheres, a recomendação é de até uma dose. “Nessas sugestões levamos em consideração um metabolismo mais lento para o álcool, sendo que uma dose padrão equivale a aproximadamente 350 ml de cerveja com teor alcoólico médio de cerca de 5%”, finaliza.

    5. Cerveja dá azia

    Verdade. A nutricionista explica que a cerveja pode, sim, causar azia em algumas pessoas, principalmente aquelas com histórico de refluxo e gastrite. “Isso acontece devido ao seu teor de álcool e ao gás carbônico, que podem relaxar o esfíncter esofágico inferior, permitindo o refluxo ácido para o esôfago”, esclarece Lopes.

    6. Cerveja aumenta a sensação de estufamento

    Verdade. A cerveja pode aumentar a sensação de estufamento devido ao seu conteúdo de gás carbônico, que pode causar acúmulo de gases no trato gastrointestinal.

    “Além disso, a cerveja pode conter açúcares e carboidratos que contribuem para a sensação de plenitude”, afirma a nutricionista.

    7. Cerveja é mais saudável do que outras bebidas destiladas

    Verdade. Quando comparada com bebidas destiladas, como vodca e gim, a cerveja contém menos álcool por volume e pode oferecer alguns benefícios por conter antioxidantes e nutrientes como vitaminas do complexo B e minerais, segundo Lopes.

    Porém, a especialista faz uma ressalva: “Vale lembrar que o consumo excessivo de qualquer bebida alcoólica pode ser prejudicial à saúde”, afirma.

    8. Beber cerveja com espuma (colarinho) é melhor do que beber sem espuma

    Mito. A especialista explica que a espuma da cerveja, ou colarinho, é composta principalmente por dióxido de carbono e proteínas da cevada. A espuma pode ajudar a manter o aroma e a carbonatação da cerveja, mas não tem um impacto significativo na saúde. A escolha entre cerveja com ou sem espuma é mais uma questão de preferência pessoal de consumo.

    9. Cerveja duplo malte é mais saudável do que a normal

    Mito. Embora possa ter um perfil de sabor mais complexo devido ao uso adicional de malte, a cerveja duplo malte (ou de alta densidade) tem um teor alcoólico mais alto e pode ter mais calorias do que a cerveja normal, conforme explica Lopes. “O impacto na saúde dependerá do teor alcoólico e da quantidade consumida”, afirma.

    10. Cervejas light ou zero álcool são mais saudáveis

    Mito. “Embora esse tipo de produto contenha menos calorias e seja útil para quem está em processo de emagrecimento e não quer abrir mão da bebida, é importante esclarecer que não oferece benefícios significativos adicionais à saúde em comparação com as cervejas tradicionais. Para isso, o cuidado deve estar na frequência do consumo, que deve ser moderado, independente da bebida escolhida”, pontua a nutricionista.

    11. É possível beber cerveja em uma quantidade saudável

    Verdade. Essa é a notícia que todo amante de cerveja quer receber: é possível, sim, consumir cerveja de forma saudável, desde que o consumo seja feito com moderação e em um contexto de alimentação equilibrada e saudável.

    “As diretrizes gerais recomendam que as mulheres não consumam mais de uma dose por dia e que os homens não ultrapassem duas doses por dia, sendo uma dose equivalente a aproximadamente 355 ml de cerveja. O consumo moderado pode ter alguns benefícios potenciais, mas o abuso de álcool pode levar a diversos problemas de saúde, incluindo ganho de peso e outros distúrbios”, ressalta Lopes.

    Beber aos fins de semana pode indicar consumo compulsivo de álcool

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