Cerca de 30% dos adultos tiveram Covid-19 em São Paulo, diz pesquisa
Pesquisa mediu a soroprevalência, ou seja, a frequência de indivíduos com anticorpos contra o vírus causador da Covid-19 na capital paulista
A pesquisa mediu a soroprevalência, ou seja, a frequência de indivíduos com anticorpos contra o vírus causador da Covid-19.
A soroprevalência, nesta quinta fase, realizada entre os dias 14 e 23 de janeiro de 2021, mostrou um aumento significativo entre os mais jovens com idade de 18 a 34 anos. Entre uma fase e outra, o aumento do contágio na população mais jovem foi de 8,3%.
A taxa passou de 24,7% na fase anterior para 33% nesta atual. A quarta etapa do estudo foi realizada em outubro do ano passado.
O estudo também mostrou diferenças entre nível de escolaridade, raça e renda familiar. Na avaliação em locais nobres da capital, por exemplo, a soroprevalência é menor – cerca de 22,8% – do que a estimada para o total da cidade de São Paulo, que é 29,9%. No entanto, em locais mais pobres do município, o índice atinge 36,4%.
Em relação a pessoas que se autodeclararam pretas ou pardas, a taxa de soroprevalência quase atinge a marca de 40% (37,8%).
Já por grau de escolaridade, pessoas com até o ensino fundamental apresentam uma soroprevalência 1,7 vezes maior que indivíduos com nível superior completo (33,8% contra 19,6%).
Detalhes da pesquisa
Para concluir este estudo, foram analisadas 1.194 amostras de sangue de pessoas espalhadas entre os 149 setores censitários de São Paulo. Foram sorteadas oito residências em cada um dos setores.
O estudo baseia-se em aplicar testes laboratoriais em amostras de sangue de uma parcela dos adultos residentes na capital para identificar o percentual daqueles que foram expostos ao vírus e produziram anticorpos específicos contra a Covid-19.