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    Cenário da pandemia melhora antes nas capitais do que no interior, diz Gabbardo

    Coordenador do Comitê Científico de SP afirma que região metropolitana deve ver melhora nas internações por Covid-19 nas próximas semanas

    Giovanna GalvaniLayane Serranoda CNN , em São Paulo

    Os indicadores de internações por Covid-19 devem cair nas próximas semanas no estado de São Paulo, um processo que começa primeiro na região metropolitana da capital e, depois, avança para o interior do estado. Esta é a análise que João Gabbardo, coordenador-executivo do Comitê Científico da Covid-19, fez à CNN nesta segunda-feira (7).

    Gabbardo pontua que, no momento, há queda nas internações nas enfermarias – um indicador considerado mais preciso do que o número de casos para a avaliação do cenário epidemiológico.

    No entanto, ainda não é possível ver esse reflexo nos leitos de UTI, mas espera-se que em fevereiro essa situação seja revertida.

    “Essa pandemia sempre tem dois movimentos que se repetiram em outras fases: a região metropolitana sempre começa a melhorar antes do interior, e isso já está acontecendo”, disse.

    “O indicador mais relevante são as internações hospitalares, são mais precisas. O que a gente percebe é que começa a ocorrer redução nas internações, enquanto o indicador mais distante é número de óbitos”.

    Segundo Gabbardo, “nas próximas semanas, deve começar a diminuir o conjunto das internações das UTIs e, por consequência, os óbitos”.

    Subvariante da Ômicron

    João Gabbardo também afirmou que a subvariante BA.2 da Ômicron, que tem feito casos de Covid-19 aumentarem em países como a Dinamarca, não apresenta grandes preocupações para o Brasil no momento.

    “Essa subvariante que apareceu em alguns países – na Dinamarca, é o vírus na sua forma mais presente –, apesar de uma capacidade de transmissibilidade maior que a própria Ômicron, tem sintomas leves. Com nossa população quase totalmente vacinada, não imaginamos que possa trazer consequências para a saúde publica”, avaliou.

    Uma das maiores preocupações, porém, é a desigualdade no acesso às vacinas em diferentes estados e regiões do país – seja por uma dificuldade logística ou por resistência da população em se vacinar.

    A possibilidade da Covid-19 tornar-se uma doença cuja imunização seja realizada anualmente foi mencionada por ele. “A gente acredita que a evolução vai ser parecida com a influenza. O vírus anualmente sofre alterações, e vamos ter que fazer atualizações da vacina talvez anualmente”, disse.

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