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    “Casos têm transcorrido de forma benigna”, diz médica sobre varíola dos macacos

    Em entrevista à CNN, a virologista Clarissa Damaso ressaltou que não são necessários medicamentos específicos para a maioria das infecções

    Júlia VieiraVinícius Tadeuda CNN , em São Paulo

    Nesta segunda-feira (1º), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o Brasil, em parceira com Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), receberá o antiviral conhecido como tecovirimat para o tratamento da varíola dos macacos.

    Em entrevista ao Visão CNN, a virologista da UFRJ e membro do Comitê Assessor para Pesquisa da Varíola da Organização Mundial da Saúde (OMS), Clarissa Damaso, explicou que o uso do medicamento deve ficar restrito aos casos mais graves da doença. Isso porque a maioria das infecções tem se mostrado benigna.

    “O tecovirimat tem sido recomendado apenas em casos que evoluem para uma forma mais grave da doença — uma forma que possa gerar preocupação ou para pessoas com qualquer problema que possa agravar a enfermidade — em virtude da limitação de suprimentos e da necessidade de mais estudos clínicos”, detalha a especialista.

    “A doença tem, de uma forma geral, ocorrido de uma forma bem branda. A maioria dos pacientes está se recuperando em casa. Não é uma doença que tenha uma preocupação em termos de letalidade”, salienta Clarissa.

    “Mas ela preocupa porque pode agravar em crianças, gestantes e pessoas com imunossupressão. Por isso, é interessante a gente ter os medicamentos como se fosse em estoque para uso em casos de emergência, para quando as pessoas começarem a ter lesões que podem complicar devido a comorbidades anteriores ou pela própria doença em si”, esclarece.

    Segundo a virologista, não há necessidade de uso de medicamentos específicos na maioria dos casos de monkeypox, que têm transcorrido de forma benigna.

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