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    Casos de vírus respiratórios aumentam em crianças de até nove anos, diz Fiocruz

    Boletim Infogripe mostra que, além da Covid-19, casos de Vírus Sincicial Respiratório têm sido identificados em crianças nessa faixa etária

    Beatriz Puenteda CNN , Rio de Janeiro

    Apesar da estabilidade do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, o novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou que as crianças de 0 a 9 anos têm sido mais acometidas por vírus respiratórios.

    Os pesquisadores alertaram principalmente para o reaparecimento do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que ultrapassou a Covid-19 em número de casos nesta faixa etária. O VSR é, historicamente, mais preocupante em bebês prematuros, cardiopatas ou com problemas crônicos no pulmão.

    Em crianças de até dois anos, o vírus é responsável por 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias. Nas menores de cinco anos existe um risco maior de desenvolver formas graves dessas doenças.

    Cerca de 10 a 15% dos casos em bebês com menos de dois anos necessitam de internação hospitalar. Alguns precisam de UTI.

    O estudo mostrou que o número de casos de SRAG segue abaixo dos picos de março e maio deste ano, porém os valores seguem superiores aos observados durante o ano de 2020.

    Na faixa etária de 0 a 9 anos, houve uma estabilização de casos semanais de SRAG em valores entre 1.000 e 1.200.

    Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, houve apenas “um leve aumento” nas últimas semanas em alguns locais.

    “Está um pouco acima do que costumamos observar. As crianças estão voltando a ficar mais expostas, voltando para as aulas presenciais, com mais circulação. Tivemos, além dos casos de Covid, outros vírus importantes como o VSR, que voltou a circular com importância, principalmente na metade Centro-Sul do país”, pontuou Gomes.

    No estado de São Paulo, houve aumento de casos positivos para vírus respiratórios nessa faixa etária, no mês de setembro. Entre eles, está o influenza, que pode apresentar sintomas leves, e, em alguns casos, se agravar.

    No momento, o número de casos semanais positivos para cada um desses vírus se assemelha aos de Sars-CoV-2, porém ainda se encontram abaixo dos casos de VSR, segundo o Boletim Infogripe.*sob supervisão de Helena Vieira

    / CNN Brasil