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    Casos de varíola dos macacos triplicaram na Europa nas duas últimas semanas, diz OMS

    Organização Mundial da Saúde pediu ação "urgente e coordenada" contra proliferação da doença

    Giulia AlecrimTiago Tortellada CNN , em São Paulo

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma nota nesta sexta-feira (1°) afirmando que os casos de varíola dos macacos na Europa triplicaram nas duas últimas semanas. A OMS pediu uma ação “urgente e coordenada” contra proliferação da doença, visto que a região continua sendo o epicentro mundial.

    O comunicado é assinado pelo Diretor Regional da instituição para a Europa, Dr. Hans Henri P. Kluge, que pontuou que o risco de varíola na região é alto, “dada a ameaça contínua à saúde pública e a rápida propagação”.

    Kluge observou que, por mais que o Comitê de Emergência do RSI tenha aconselhado que o surto não seja considerado Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional, esta posição será reavaliada “em breve”.

    Conforme os dados apresentados, a Europa representa quase 90% dos casos confirmados em laboratório relatados no mundo desde meados de maio. Ao todo, na região europeia, 31 países relataram casos, com “novos casos triplicando no mesmo período para mais de 4.500 confirmados em laboratório”.

    A maioria dos pacientes tem entre 21 e 40 anos de idade, e 99% eram do sexo masculino. A maior parte deste grupo, que se tem informações, é composto por homens que fazem sexo com outros homens. Ainda assim, também foram confirmadas infecções entre membros da família, contatos heterossexuais e não sexuais, inclusive entre crianças.

    Até onde se sabe, cerca de 10% dos pacientes foram internados para tratamento ou isolamento, e um paciente foi internado em UTI. Não foram relatadas mortes.

    Quanto aos sintomas, os principais foram erupção cutânea, febre, fadiga, dores musculares, vômitos, diarreia, calafrios, dor de garganta ou dor de cabeça.

    O doutor Hans Kluge destacou que os países precisam aumentar rapidamente a vigilância contra a doença, o que inclui sequenciamento genético e capacidade de diagnóstico laboratorial e resposta. Além disso, é necessário que a comunicação com o público geral serja feita de maneira “compreensível”.

    Por fim, Kluge avaliou que o surto testa, mais uma vez, “a determinação política de cada Estado-Membro e da Região Europeia como um todo”, requisitando “compromisso político firme complementado por investimentos sólidos em saúde pública”.

    “Não desperdicemos esta oportunidade, mas capitalizemos a experiência da pandemia de Covid-19 para fazer o que é certo – rápida e decisivamente, em benefício de toda a nossa Região e além”, pontuou.

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