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    Fiocruz vê aumento atípico de casos de síndrome respiratória aguda grave

    Em entrevista à CNN, entretanto, pesquisador Marcelo Gomes afirma ser prematuro creditar fenômeno ao coronavírus

    Da CNN, em São Paulo

     
    A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Ministério da Saúde atuam em conjunto no Info Gripe, uma plataforma de monitoramento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o Brasil. Com a chegada do coronavírus, o sistema voltou a chamar a atenção das autoridades, uma vez que um dos mais graves sintomas da doença é o SRAG.

    Nas últimas semanas um relatório da Fiocruz relatou que o sistema registrou um aumento fora de época dos casos de síndrome respiratória, acendendo o sinal de alerta, relata o pesquisador da Fiocruz, Marcelo Gomes. Em entrevista à CNN, Gomes disse que as últimas duas semanas viram crescimento atípico de casos da síndrome.

    “Nas duas últimas semanas a velocidade de crescimento de novos casos de SRAG cresceu em nível elevado para um período em que isso nao é normal, as temperaturas ainda não caíram no Brasil”, explica Gomes, que faz a ressalva que não se pode colocar a culpa destes aumentos no coronavírus, uma vez que só se pode definir isto após exames laboratoriais.

    A pesquisa ainda mostra que o número o número de internações por insuficiência respiratória aumentou nove vezes no período, que traz alerta para a capacidade do sistema de saúde do Brasil.

    “As outras doenças vão continuar ocorrendo. Casos de síndromes respiratórias estão crescendo, e é preciso somar o coronavírus. Já temos aumento de síndromes fora do padrão histórico, se não tomarmos atitude de isolamento social, teremos um número grande de pessoas precisando de leitos”.

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