Casos de Covid-19 e de gripe geram redução nas doações de sangue no DF
Falta de sangue pode afetar a realização de cirurgias eletivas e atendimentos de emergência nos hospitais
A Fundação Hemocentro de Brasília registrou uma queda no movimento de doadores de sangue devido ao aumento nos casos de infecções por Covid-19 e por gripe influenza. Segundo a instituição, a queda de doadores foi de 23% na primeira semana de janeiro.
De acordo com a fundação, a redução não era esperada, mesmo levando em conta o período de férias escolares, quando o número de doadores costuma cair.
No ano passado, a média foi de 163 bolsas coletadas por dia. Nos primeiros dias deste mês, foram coletadas cerca de 126. Nos dias 3 e 4 de janeiro, houve 94 doações.
O número menor de doações está impactando os estoques de sangue. As reservas de todos os grupos sanguíneos estão em níveis baixos ou críticos, e a falta de sangue pode afetar a realização de cirurgias eletivas e atendimentos de emergência nos hospitais.
Como doar sangue
Durante a pandemia, o agendamento para doação de sangue é obrigatório e deve ser feito pelo serviço eletrônico de agendamentos do governo do Distrito Federal (GDF).
Entre os requisitos para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem esteve gripado deve esperar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para fazer a doação.
Já no caso de suspeita de infecção por Covid-19 ou contato com pessoa infectada pelo coronavírus, é preciso esperar 14 dias.
Quem tomou vacinas contra a gripe ou contra a Covid-19 também deve aguardar alguns dias para doar. O doador que tomou a Coronavac ou o imunizante contra a influenza deve esperar dois dias após tomar a dose. O prazo para quem tomou vacina da Pfizer, Astrazeneca ou Janssen é de sete dias.