Caso da Prevent Senior agride evidências científicas, diz especialista
O especialista ainda afirmou que seria importante que o CREMESP fosse a público para mostrar que investiga as denúncias
Em meio ao debate que as investigações em torno das acusações feitas à Prevent Senior geraram, o professor de Ética Médica e Bioética e diretor acadêmico da AMB, Clóvis Francisco, em entrevista à CNN, afirmou que o caso agride evidências científicas.
“A tão comentada autonomia do médico tem limites colocados muito bem pelas evidências científicas disponíveis, pela ética, pela bioética e pela legislação. No caso da Prevent, houve inúmeras agressões a todos esses fatores. As decisões dos médicos são sempre tomadas em compartilhamento dos pacientes, mas sempre levando esses quatro pilares à risca. Me parece que nada disso foi considerado, desde que provado, e as consequências devem ter sido gravíssimas”, afirmou Francisco.
O especialista ainda afirmou que seria importante que o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) fosse a público para mostrar que realmente está investigando as denúncias.
“Eu acredito que seja muito importante que a direção do Cremesp venha a público mostrar que está realmente encaminhando as investigações iniciais, de tão gravíssimas possibilidades de faltas, e coloque em público aquilo que puder colocar”, afirmou o especialista.
Em depoimento na CPI da Pandemia nesta terça-feira (28), a advogada Bruna Morato, representante dos médicos que elaboraram um dossiê contra a Prevent Senior, afirmou que operadora de saúde intimidou médicos para prescreverem os remédios sem comprovação científica do chamado “kit Covid”.
Leia a nota da assessoria da Prevent Senior:
A Prevent Senior nega e repudia as acusações mentirosas levadas anonimamente à CPI da Covid e à imprensa.
O mesmo teor dessas imputações havia sido trazido à empresa, antes da CPI, pela advogada Bruna Mendes dos Santos Morato, que tentou fechar um acordo para não levar o caso à comissão.
O depoimento da advogada à CPI hoje confirma que se tratam de acusações infundadas, que têm como base mensagens truncadas ou editadas vazadas à imprensa e serão desmontadas ao longo das investigações. A Prevent Senior estranha o fato de a advogada manter no anonimato os supostos médicos autores da acusação. A empresa ainda não teve acesso aos autos da CPI para fazer sua ampla defesa.
Ao longo da epidemia, a Prevent aplicou cerca de 500 mil testes em que constatou o contágio de 56 mil pacientes. Desse número, 7% redundaram em mortes. Todos os casos foram rigorosamente notificados. A Prevent Senior sempre respeitou a autonomia dos médicos, nunca demitindo profissionais por causa de suas convicções técnicas.
Esse índice de 93% de vidas salvas, na faixa etária média dos 68 anos de idade, é, comprovadamente, superior ao que se registra nos hospitais das redes pública e privada. Não por acaso, o índice de confiabilidade e aprovação da clientela da Prevent Senior é superior a 90%.