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    Carcinoma basocelular: entenda os riscos do tipo mais comum de câncer de pele

    Principais fatores de risco da doença são a exposição prolongada ao sol, ter pele e olhos claros, além de história familiar

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, a doença corresponde a cerca de 30% de todos os tumores registrados no país. Estimativas apontam que, em 2020, foram registrados mais de 176 mil casos no Brasil. Embora seja o mais frequente é também o de menor mortalidade.

    O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), foi diagnosticado com o carcinoma basocelular, o tipo mais comum de câncer de pele. No domingo (13), Almeida foi submetido a um procedimento dermatológico na região do nariz para retirada das células afetadas pela doença.

    Na edição desta terça-feira (15) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou como os riscos e como fazer a prevenção desse tipo de câncer.

    Os principais fatores de risco são a exposição prolongada ao sol, principalmente na infância e na adolescência, ter pele e olhos claros, além de história familiar ou pessoal de câncer de pele.

    “A gente tem uma exposição aos raios ultravioleta de forma exagerada e isso pode provocar alterações genéticas nas células, por exemplo na camada basal, e com isso as células começam a se multiplicar de uma forma desordenada e temos o diagnóstico de câncer de pele”, explica Gomes.

    Segundo o neurocirurgião, o câncer de pele atinge principalmente as áreas do corpo que recebem a exposição solar de forma mais intensa, incluindo o rosto, pescoço e orelhas.

    Os principais sinais são manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. “É importante prestar muita atenção em feridinhas na orelha, nariz, testa e no couro cabeludo para quem não tem cabelo. São feridas que começam, não cicatrizam e toda vez que você seca com a toalha pode sangrar”, explica a dermatologista Adriana Vilarinho, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

    A prevenção ao câncer de pele inclui a utilização de protetor solar e o uso de acessórios que reduzem o contato direto com os raios ultravioletas.

    “A orientação vai além de simplesmente passar protetor solar, qualquer barreira que possa proteger faz sentido. Então boné, chapéu, óculos, coisas que você tenta de alguma forma limitar aquela exposição solar excessiva, por que são os raios ultravioletas que tem bastante correlação com a sua formação”, diz.

    Gomes destaca a importância da luz solar para o organismo, mas enfatiza que é possível tomar banhos de sol com cautela.

    “A vitamina D faz bem, é através do sol e da conversão na pele que a gente consegue uma grande porcentagem disso. É bom ter contato com a luz solar, o cérebro agradece, muita coisa acontece do ponto de vista neuroquímico na mente: ajuda a evitar depressão, melhorar a autoestima e a trazer mais saúde para o corpo. […] Você precisa evitar a exposição de uma forma agressiva, principalmente das 10 às 4 da tarde”, disse.

    Outras recomendações do Inca para prevenir o câncer de pele:

    • Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h
    • Procurar lugares com sombra
    • Usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas
    • Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro solar com fator de proteção 15, no mínimo.
    • Usar filtro solar próprio para os lábios

    Como é realizado o tratamento

    Os pacientes com carcinoma basocelular podem ser submetidos à cirurgia para retirada do tecido lesionado.

    Outra forma de tratamento inclui a terapia fotodinâmica, que consiste no uso de um creme fotossensível e a aplicação de uma fonte de luz.

    O carcinoma basocelular tem grandes chances de cura uma vez que em boa parte dos casos é possível remover todas as células cancerosas apenas com cirurgia, desde que diagnosticado em fase inicial.

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