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    Butantan e Fiocruz ainda devem cerca de 30% dos dados das vacinas, diz Anvisa

    Agência ressaltou que prazo de dez dias para análise só vale após entrega total das informações

    Anna Satie, da CNN em São Paulo



     

    As vacinas do Butantan e da Fiocruz ainda têm cerca de 30% dos dados pendentes de complementação, comunicou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta quinta-feira (14). 

    A agência disse ter enviado um ofício pedindo essas informações e solicitando que os laboratórios o respondam ainda hoje.

    O órgão regulador ressaltou que o prazo de dez dias para a análise e decisão do pedido de uso emergencial só vale depois da entrega total dos dados. 

    Ambas as instituições deram entrada no pedido na última sexta-feira (8).

    Para a Coronavac, 29,3% das informações precisam de complementação, como a análise estatística dos resultados da eficácia e mais dados sobre o estudo de imunogenicidade —ou seja, a capacidade da vacina de gerar produção de anticorpos. O Butantan disse que enviaria essas informações até esta sexta (15), de acordo com a Anvisa.

    Em nota, o instituto disse que, desde que apresentou o pedido para a agência, tem feito uma força-tarefa para entregar os dados solicitados. 

    “Toda a documentação será entregue ainda nesta semana. O fato da Anvisa solicitar mais informações, que estão sendo prontamente atendidas pelo Butantan, não afeta o prazo previsto para autorização de uso do imunobiológico. Os pedidos de novos documentos ou mais informações são absolutamente comuns em processos como esses”, disse.  

    Para a vacina da Fiocruz, desenvolvida pela Universidade de Oxford em conjunto com a Astrazeneca, são 31,29% os dados pendentes, que são sobre a comparabilidade, estabilidade e transporte.

    A fundação disse, em nota, que mantém o corpo técnico à disposição para esclarecimentos e que está “em contato com a Astrazeneca e o instituto Serum, produtor na Índia, para responder aos esclarecimentos solicitados o mais rapidamente possível”.

    A Anvisa disponibilizou um painel em que o andamento da análise pode ser acompanhado.

    O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse em reunião com prefeitos mais cedo nesta quinta que a vacinação pode começar em 20 de janeiro. Essa estimativa, no entanto, não poderá ser concretizada caso a agência reguladora leve os dez dias previstos para concluir a avaliação. 

    A diretoria colegiada do órgão tem uma reunião marcada para este domingo (17) para discutir as solicitações de uso emergencial. 

    (*Com informações de Nohlan Hubertus, da CNN em Brasília)