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    Brasil tem mais 1,2 mil mortes em investigação para COVID-19, diz ministério

    Confirmação de casos representaria acréscimo de 38% no número de vítimas fatais do novo coronavírus no país

    Guilherme Venaglia , Da CNN, em São Paulo

    O Ministério da Saúde divulgou um balanço nesta quinta-feira (23) de mortes em investigação para COVID-19. Segundo a pasta, o país ainda identifica a causa da morte de 1.269 pessoas, o que corresponderia a um aumento de 38% no número de vítimas fatais do novo coronavírus.

    De acordo com o boletim divulgado mais cedo, o Brasil tem 49.492 casos confirmados e 3.313 mortes decorrentes da COVID-19. A atualização desta quinta foi a que trouxe o maior número de mortes em um único dia — 407.

    Mais cedo, em entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou não saber qual era a razão para um número mais alto de casos em um único boletim. Ele disse que aguardaria para saber se era pontual ou se representava uma nova tendência.

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    Neste novo balanço, o governo indica que o número tenha sido resultado de uma notificação concentrada de mortes ocorridas ao longo de vários dias. “Dos 407 óbitos confirmados hoje por COVID-19, observa-se que 112 ocorreram nos últimos três dias e os demais 295, antes desse período”, disse.

    Durante a gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, argumentou que havia um acúmulo de análises e notificações durante finais de semana e feriados, o que explicaria números mais altos no segundo dia após esses períodos de descanso, quando as secretarias estaduais de Saúde teriam equipes menores em expediente.

    Metodologia

    Há uma defasagem permanente nos dados registrados pelo Ministério da Saúde. Isto porque o boletim anunciado diariamente às 17h reflete os registros das secretarias estaduais de Saúde ao longo das 24 horas anteriores.

    Outra razão é a própria demora dos testes. Há grande volume de exames sendo analisados e processados, o que amplia o prazo de demora para os resultados. Segundo o ministério, esses prazos estão sendo reduzidos.

    “Com a chegada de mais testes aos estados e melhoria de fluxo dos laboratórios, essa espera pelo resultado tem sido reduzida”, diz.

    A principal forma de identificação dos óbitos são aqueles casos de pessoas que já tinham sido diagnosticados com a COVID-19 e morreram após piora no quadro da doença.

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