Brasil registra 407 mortes por COVID-19, recorde em 24h; total chega a 3.313
Números foram divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde desta quinta-feira (23)
Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde na tarde desta quinta-feira (23) registrou que o número de mortes pela COVID-19 no Brasil chegou a 3.313, com 407 registradas nas últimas 24 horas. A quantidade de óbitos registrados é a maior para um dia.
Durante entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou desconhecer a causa da disparada no número de mortes. Ele ponderou que a pasta vai aguardar os próximos dias para saber se é uma nova tendência ou se foi uma oscilação pontual.
O número de casos confirmados do novo coronavírus aumentou em 3.735, chegando a 49.492. Também é o maior número de casos registrados em um único dia.
O aumento no número de mortes, de 14%, é mais do que o dobro das registradas no boletim anterior. O balanço divulgado na quarta-feira (22) registrava 165 novas mortes.
O estado com o maior número de casos é São Paulo, com 16.740 diagnósticos confirmados e 1.345 mortes. Na sequência, estão o Rio de Janeiro (6.172 casos e 530 mortes), o Ceará (4.598 casos e 266 mortes), Pernambuco (3.519 casos e 312 mortes) e Amazonas (2.888 casos e 234 mortes).
Segundo o Ministério da Saúde, 26.573 pessoas já se recuperaram da COVID-19. Outros 19.606 casos estão em acompanhamento.
Medidas
O ministro Teich falou sobre as medidas que serão adotadas para tentar conter o avanço da pandemia. Uma delas é aumentar a capacidade de testagem. O ministro disse que seu novo secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, está encarregado de estruturar a logística de recebimento de uma carga de 10 milhões de testes comprada pelo governo brasileiro.
Outra ação é o envio da Força Nacional de Segurança Pública para reforçar a estrutura de atendimento em Manaus (AM), cidade que está em situação de colapso no sistema de saúde devido ao esgotamento dos leitos disponíveis para atendimento.
O ministro Nelson Teich falou sobre a decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) de autorizar que a hidroxicloroquina seja receitada em pacientes com diagnóstico confirmado de COVID-19. Ele ressaltou que não se trata de uma recomendação do Ministério da Saúde, que só vai orientar que o medicamento seja receitado quando houver comprovação científica da sua eficácia.