Brasil é parceiro estratégico contra Covid-19, diz embaixador da Rússia
À CNN, Sergey Akopov diz acreditar em cooperação para testes e produção da Sputnik V
O Brasil é um dos parceiros estratégicos da Rússia e isso deve se refletir também nos esforços para o desenvolvimento de medicamentos e vacinas contra o novo coronavírus. A afirmação é do embaixador russo no Brasil, Sergey Akopov.
“Estamos tentando estabelecer a cooperação com todos os países, inclusive o Brasil, neste sentido, que é um parceiro estratégico muito importante, membro dos Brics, e esperamos e temos todos os fundamentos para acreditar que essa cooperação vai dar certo”, disse Akopov em entrevista à CNN, nesta terça-feira (11).
“A política do governo da Rússia consiste que todos os países devem unir esforços conjuntos para elaborar medicamentos e vacinas eficazes para combater essa doença Covid-19”, completou.
Assista e leia também:
Governo do Paraná e Rússia assinarão acordo para fabricação da vacina Sputnik V
A vacina da Rússia para a Covid-19 é confiável?
Após anúncio da Rússia, Brasil diz que apoia qualquer vacina que seja eficaz
O diplomata disse que a Sputnik V, vacina registrada pela Rússia nesta terça, ainda não está 100% preparada para aplicação em massa, mas que essa etapa será superada em breve.
“Podemos citar um exemplo para demonstrar a eficiência, a eficácia da vacina, o fato de que uma das filhas do presidente [Vladimir] Putin participou dos experimentos, recebeu a vacina e passou muito bem. O organismo dela elaborou anticorpos muito bons e eficientes”, afirmou.
“Repito mais uma vez e isso é a posição do governo da Rússia: ainda é preciso continuar os trabalhos de pesquisa científica porque o mais importante resultado é garantir a eficiência e a segurança dessa vacina.”
Ele também disse entender que a vacina produzida pelo Instituto Gamaleya passou por todos os protocolos internacionais “porque de outra maneira não seria registrada pelo ministério da Saúde na Rússia”.
Por fim, Akopov afirmou que a embaixada russa está trabalhando para colocar as entidades russas em contato com laboratórios, organismos e governos estaduais interessados em cooperar com os testes e desenvolvimento da vacina.
“[Para] precisamente trazer essa vacina, produzir a vacina no Brasil e, depois, quando tudo estiver pronto, aplicar na população brasileira também.”