Brasil é o país que mais sofre de ansiedade por pandemia, diz pesquisa
Levantamento feito pela Ipsos questionou pessoas de 16 nacionalidades sobre o impacto comportamental da pandemia
De 16 países, o Brasil é o que mais sofre de ansiedade como resultado da pandemia da Covid-19. É o que mostra uma pesquisa divulgada pela Ipsos nesta segunda-feira (1º), que entrevistou 16.038 adultos em 16 países sobre os efeitos comportamentais do surto do novo coronavírus. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Quatro em cada dez brasileiros têm experimentado algum nível de ansiedade (41%). Em segundo lugar, ficaram os mexicanos (35%) e, em terceiro, os russos (32%). Do lado oposto do ranking, apenas 6% dos japoneses e 7% dos alemães reportaram a mesma sensação.
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A Covid-19 também tem mexido com a qualidade do sono. Entre os brasileiros entevistados, 26% contaram sofrer de insônia —apenas os mexicanos (38%) estão dormindo pior.
O levantamento também constatou aumento em comportamentos que podem ser prejudiciais à saúde. 39% dos brasileiros disseram estar comendo mais do que o normal —o maior percentual entre os países — e 35%, que estão se exercitando menos que o normal, atrás somente dos japoneses (39%) e dos sul-coreanos (38%).
Também foram medidos outras condutas e transtornos, como depressão, enxaqueca, aumento no consumo de cigarros e no uso de álcool.
Apenas 22% dos brasileiros entrevistados disseram não estar vivenciando nenhum dos itens listados. É a menor porcentagem do ranking, empatada com a dos mexicanos. Os mais estáveis são os alemães (53%), seguidos pelos franceses (52%).
No domingo (31), o Brasil ultrapassou a marca de meio milhão de casos confirmados e 29.314 mortes pela Covid-19.