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    Brasil continua com casos crescentes de Síndrome Respiratória Aguda Grave, diz Fiocruz

    Boletim Infogripe aponta que apenas o Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam sinal de estabilidade

    O Sars-CoV-2 ainda é o vírus respiratório responsável pela maioria dos casos de SRAG no Brasil
    O Sars-CoV-2 ainda é o vírus respiratório responsável pela maioria dos casos de SRAG no Brasil REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 08/06/2022

    Camille Coutoda CNN

    no Rio de Janeiro

    Nas últimas semanas, os casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuaram apresentando um cenário de crescimento em quase todo o país. Apenas Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam sinal de estabilidade ou queda nesse período.

    A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 27, que compreende de 3 a 9 de julho, e tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 11 de julho.

    De acordo com o levantamento, a maior incidência de casos de SRAG está no Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

    Segundo a Fiocruz, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,4% para influenza A, 0,1% para influenza B, 7,6% para vírus sincicial respiratório e 77,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

    Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,0% para influenza A, 0,1% para influenza B, 1,4% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 94,5% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

    O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, explica que o esse cenário pode estar associado ao fato de que a metade sul do país iniciou esse processo de crescimento mais cedo, ainda em abril. Já na metade norte esse movimento se inicia com maior clareza a partir de final de maio e início de junho.

    “No Paraná e no Rio Grande do Sul observam-se indícios de retomada do crescimento em crianças, contrastando com o sinal de platô nos adultos, indicando que o cenário ainda é instável e exige cautela”, ressalta Gomes.

    Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária mostram o predomínio de pacientes positivados para Covid na população adulta.

    Nas crianças de 0-4 anos, o aumento no número de casos de SRAG, que havia sido marcado por crescimento nos casos positivos para vírus sincicial respiratório (VSR), já apresenta predomínio de Sars-CoV-2.

    Embora não se destaque no dado nacional, o vírus influenza A H3N2 mantém presença em diversas faixas etárias no Rio Grande do Sul.

    Segundo o estudo, apenas nesse estado se observou aumento significativo também nos casos positivos de influenza H3N2, embora em volume significativamente inferior àquele associado à Covid-19.

    Dezenove das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Salvador (BA), São Luis (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES). Um total de 5 macrorregiões encontram-se em nível pré-epidêmico; 12 em nível epidêmico; 77 em nível alto; 23 em nível muito alto; e 1 em nível extremamente alto.