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    Brasil bate recorde com 2.841 mortes por Covid; total passa de 280 mil vítimas

    Dados são do Conass e da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul; informações do estado não entraram na contagem nacional por problemas técnicos

    Anna Satie, da CNN, em São Paulo

    O Brasil atingiu novo recorde de mortes por Covid-19 em 24 horas nesta terça-feira (16). Foram 2.841 desde a tarde do dia anterior. Os números são do levantamento do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul —os dados do estado não entraram na contagem nacional por problemas técnicos.

    O maior aumento registrado em um dia, até então, fora na última quarta-feira (14), quando 2.286 óbitos entraram na contagem.

    Com a atualização, o país ultrapassa 280 mil vítimas da doença causada pelo novo coronavírus. Ao todo, foram 281.625 desde o início da pandemia. A média móvel de mortes atingiu nova máxima, pelo 21º dia consecutivo. Nos últimos sete dias, ficou em 1.894.

    Também foram acrescentados mais 84.362 casos à contagem, totalizando 11.603.971.

    Esta é a fase mais dura da pandemia no país, mas a Fiocruz alerta que a situação pode piorar. Pesquisadores da Fundação destacaram à CNN que os estados têm apresentado grandes atrasos nas notificações de casos e mortes por Covid-19 ao Ministério da Saúde. 

    No Alagoas, o intervalo entre a morte e a inclusão do dado no sistema pode chegar a 47 dias. 

    “Os dados de mortes não são atuais e a situação deve piorar nas próximas semanas. Alguns municípios ainda estão na virada de janeiro para fevereiro. Não pegaram ainda o período do Carnaval e seus efeitos de contágio. E também não incluem o momento atual, que tem a situação de colapso da rede de saúde de vários estados com lotação superior a 80% nas UTIs para Covid-19. Esses dados podem demorar, porque, quando o sistema de saúde entra em colapso, o sistema de notificação entra junto. Infelizmente, a expectativa é que o cenário ainda piore bastante”, analisou o pesquisador Diego Xavier.

    Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo, durante pandemia da Covid-19
    Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo, durante pandemia da Covid-19
    Foto: Vincent Bosson/Fotoarena/Estadão Conteúdo (12.mar.2021)

    Até as 2h20 desta terça, 23 dos 26 estados e o Distrito Federal tinham mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI. 

    Esses são os estados com mais de 80% de ocupação na rede pública:

    1. Rondônia – 100% 
    2. Rio Grande do Sul – 99,7%
    3. Goiás – 97,7%
    4. Mato Grosso – 96,6%
    5. Santa Catarina – 96,1% 
    6. Paraná – 96%
    7. Pernambuco – 96% 
    8. Acre – 94,3%
    9. Tocantins – 93%
    10. Amapá – 90,3%
    11. Espírito Santo – 89,2%
    12. São Paulo – 89%
    13. Distrito Federal – 87,2%
    14. Mato Grosso do Sul – 87%
    15. Maranhão – 87%
    16. Bahia – 86%
    17. Paraíba – 85%
    18. Minas Gerais – 84,9%
    19. Sergipe – 84,1%
    20. Pará – 81,2%

    Esses são os estados com mais de 80% de ocupação dos leitos públicos e privados:

    1. Ceará – 93,7%
    2. Rio Grande do Norte – 92,2%
    3. Piauí – 91,3%
    4. Alagoas – 84%

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