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    Avanço da Covid-19 põe em risco chineses com mais de 50 anos, diz infectologista

    À CNN, médica Raquel Muarrek explicou que apenas metade dessa população está adequadamente vacinada na China

    China enfrenta surto de Covid-19
    China enfrenta surto de Covid-19 Aly Song/File Photo/Reuters

    Ricardo GouveiaRodrigo Tammaroda CNN

    em São Paulo

    A imunização insuficiente entre pessoas com mais de 50 anos torna a circulação do coronavírus ainda mais perigosa entre os chineses.

    Depois de uma rígida política de Covid zero, o governo do país asiático flexibilizou a restrição de circulação e deixou de comunicar a quantidade de infecções diárias desde o último sábado (24).

    A população da China não está suficientemente imunizada com doses de reforço, além de contar com um único tipo de vacinas, que não contemplam a tecnologia de RNA mensageiro – como a da Pfizer.

    De acordo com a médica infectologista da Rede D’Or Raquel Muarrek menos da metade dos chineses com mais de 50 anos recebeu a terceira dose, enquanto a quarta aplicação sequer foi liberada no país.

    As vacinas à disposição das autoridades de saúde da China são apenas de vírus inativo, que podem sustentar efeito por menos tempo do que as de RNA.

    “Eles têm essas duas dificuldades para estudar, e podem buscar até a liberação de outras vacinas para ajudar numa resposta maior de sustentação de imunidade” disse Raquel Muarrek à CNN Rádio.

    Um aumento da circulação do coronavírus e a reabertura da China para visitas de estrangeiros gera ainda a preocupação da disseminação de novas variantes.

    A infectologista alerta para os riscos aos brasileiros, que ainda não aderiram adequadamente às doses de reforçou e à vacinação infantil.

    “A gente precisa melhorar um pouco mais a vacinação do primeiro e segundo reforços. A população se esquece de se vacinar e só quando começa a ver um aumento de casos é que se preocupa em tomar outra dose”, aponta.

    A especialista apontou que o aumento de casos pelo mundo costuma se refletir no Brasil após cerca de um ou dois meses. “A média [de infecções] não cai porque a população não está completamente vacinada para diminuir a transmissão”, ressalta Raquel.

    De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, de segunda-feira (26), a média móvel no Brasil está em 35.047 casos diários.

    Novas vacinas

    Raquel destacou a importância da liberação de vacinas de segunda geração, adaptadas à Ômicron e que oferecem uma maior proteção.

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em novembro o uso emergencial de duas vacinas bivalentes da Pfizer contra a Covid-19. Os dois imunizantes atualizados que contemplam sublinhagens da variante Ômicron do coronavírus e devem ser utilizados como doses de reforço contra a doença.

    O Ministério da Saúde recebeu, no domingo (25), mais 2,8 milhões de doses da vacina bivalente BA.4/BA.5. Com a encomenda, o país já soma mais de 9,6 milhões de imunizantes da Pfizer que protegem contra a cepa original do coronavírus e contra essas duas subvariantes Ômicron.