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    Aumenta número de testes positivos para Covid em laboratórios particulares

    Dados fornecidos pelas redes de saúde apontam para um crescimento de até 4,2% em intervalo de poucos dias de diferença

    Beatriz CarneiroYara Ferrazda CNN

     

    O número de testes com diagnósticos positivos para Covid-19 em laboratórios e centros de saúde particulares do Brasil vem aumentando nas últimas semanas. Números fornecidos pelas redes apontam para um crescimento de até 4,2% em intervalo de poucos dias de diferença.

    Dados da rede de saúde integrada Dasa mostram que a taxa de positividade nas mais de 900 unidades de diagnóstico era de 9,99% em 17 de abril e chegou a 14,22% no dia 23 do mesmo mês.

    Em São Paulo, a mesma taxa registrou aumento de 3 pontos percentuais, passando de 9,76% para 13,14%. A comparação foi entre a semana de 20 a 26 de abril e a anterior (13 a 19 de abril).

    No Rio de Janeiro, o número saiu de 9,61% para 11,59%. Na Região Sul, a taxa de positividade chegou a 26,98%, com aumento de 3 pontos percentuais. Já, no Distrito Federal, o levantamento indicou estabilidade no período.

    O Grupo Pardini, que conta com cerca de 160 unidades próprias e 6 mil laboratórios parceiros em todos os estados, observou aumento da positividade dos testes de 8,6% para 11,3%. De acordo com a rede, nos números por região, a quantidade de testes positivos aumentou no Sudeste e Centro-Oeste.

    No volume total de testes feitos também houve aumento (5,1%), mas ainda longe dos níveis do início da pandemia. O  laboratório chegou a fazer 20 mil testes por dia e nas duas últimas semanas foram cerca de 5 mil por semana.

    De acordo com a infectologista Melissa Valentini, Estados Unidos e Europa historicamente antecipam as tendências da pandemia e é sempre importante considerar o que pode acontecer daqui pra frente, mas  ela ponderou que não há motivo para alarde.

    “Ainda mais com as mudanças nas medidas sanitárias de desobrigação de testes e retirada de uso das máscaras. Poucas pessoas estão testando e por isso, esse volume de exames e taxa de positividade podem ser frágeis e não mostrar a realidade. Possivelmente pode haver mais casos do que tem agora. É um ponto de atenção para o Brasil, mas nada de alarmante para a população”, disse.

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