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    Associação de saúde coletiva diz que plano de vacinação é parcial e equivocado

    Entidade criticou o plano apresentado pelo Ministério da Saúde

    Vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech
    Vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech Foto: Owen Humphreys/Pool via Reuters (8.dez.2020)

    Leandro Resendeda CNN

    Em carta endereçada ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) chama de “parcial”e “equivocado” o plano nacional de imunização contra coronavírus submetido pelo Ministério da Saúde à Corte.

    O grupo fez parte do conjunto de cientistas de todo o país que colaborou com o plano.

    O documento foi divulgado no começo da tarde desta terça-feira (15). “Do ponto de vista técnico-científico, a ABRASCO não considera o que foi anunciado pelo MS como um verdadeiro e efetivo plano para contenção da pandemia mediante vacinação de abrangência nacional”, diz a carta.

    As 96 páginas apresentadas ao STF são, segundo a Abrasco, “equivocadas em alguns casos”.

    A Associação defende a inclusão da vacina Coronavac – desenvolvida pelo Instituto Butantan – no plano nacional de imunização. Há, ainda, críticas a forma como o Ministério da Saúde usou a colaboração dos cientistas. “O ambiente proporcionado pelo MS nas reuniões foi pouco afeito ao diálogo e com orientações de sigilo, incompatíveis com uma prática de efetiva colaboração”, diz a carta, de três páginas. 

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    O texto também menciona a revolta de pesquisadores que alegam ter seus nomes incluídos no plano sem que a eles fosse dado o direito de rever o plano apresentado ao STF e revelado nesta semana.

    A Abrasco critica o Ministério da Saúde por ter colocado os cientistas mencionados no plano em “condição ambígua de elaboradores ou colaboradores”, o que poderia permitir “a incorreta interpretação do seu envolvimento e, portanto, responsabilidade pela autoria do trabalho apresentado”. 

    O Ministério da Saúde divulgou nota em que garante não ter inserido nenhum trecho do plano sem que os grupos que auxiliaram na sua elaboração tivesse conhecimento prévio sobre o tema e repudiu a afirmação de que este fora feito sem debate com os cientistas, lembrando que estes “não tinham poder de decisão”.