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    ‘Assintomáticos podem transmitir; distanciamento é importante’, diz médico

    Infectologista comentou estudo da revista 'Science', que apontou que pessoas sem sintomas podem estar ajudando na transmissão do coronavírus 

    Da CNN, em São Paulo

    O infectologista Leonardo Weissmann, médico do Instituto Emílio Ribas e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), avaliou, em entrevista à CNN, nesta terça-feira (31), uma pesquisa publicada na revista ‘Science’. O estudo diz que o casos assintomáticos são responsáveis por 2/3 das infecções pela COVID-19, mas o especialista diz que é preciso cautela com essa conclusão.

    “Não temos como afirmar com exatidão qual é a verdadeira proporção de pessoas que estejam infectadas pelo vírus e realmente sejam assintomáticas”, disse. “Primeiro, porque não temos como fazer o teste em todas essas pessoas. Segundo, o teste ideal para detectar a infecção pelo coronavírus é o de biologia molecular, que tem uma baixa sensibilidade, ou seja: uma propensão maior a ter falso-negativo. Então ainda são necessários mais estudos”, acrescentou.

    No entanto, o infectologista destaca que é necessário que tanto as pessoas com sintomas leves quanto as que estão assintomáticas façam o isolamento indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesse momento de avanço da COVID-19.

    “Mesmo os assintomáticos podem transmitir. Embora o potencial de transmissão, acredita-se, seja menor, elas podem estar passando o vírus. Então, por isso, que é importante esse distanciamento social nesse momento”, justifica. “Até o presente momento não temos nenhum medicamento específico que seja contra o coronavírus, então se não tem sintomas não tem porque se preocupar. Leva a vida normal, mas fica em casa”.

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