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    Após críticas de presidente do CFM sobre máscaras, Anvisa diz que decisões têm evidências científicas

    José Hiran da Silva Gallo declarou que obrigatoriedade da medida “jamais pode ser impostas a pessoas que não compartilham de tais ideologias ou comportamentos”

    Da CNN

    Após críticas do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) declarou, nesta terça-feira (14), que suas decisões são baseadas nas melhores evidências científicas, alinhadas a órgãos como o Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

    “A Anvisa, no âmbito das suas competências legais, pauta as suas decisões nas melhores evidências científicas, alinhadas a organismos nacionais e internacionais de referência como o Ministério da Saúde, OMS e Opas”, disse a agência em nota.

    “Não devemos esquecer que ainda há circulação viral, com o potencial para o aparecimento de variantes de preocupação. A Agência acompanha os resultados do monitoramento epidemiológico da Covid-19, associada ao momento do país, no qual há maior circulação de pessoas e aglomerações em condições diversas, em virtude do período do carnaval”, continuou o órgão.

    Gallo afirmou que a medida da Anvisa “jamais pode ser impostas a pessoas que não compartilham de tais ideologias ou comportamentos”. As declarações foram feitas em um documento destinado ao presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, que data da segunda-feira (13).

    No documento, Gallo aponta estudos e publicações que supostamente demonstram a ineficácia do uso de máscaras como forma de prevenir a disseminação da Covid-19.

    No início, ele diz que seria um dever do CFM “avaliar o saber científico disponível acerca do impacto da adoção de políticas públicas de saúde recomendando ou obrigando a população a usar máscaras faciais como estratégia de contenção da pandemia da Covid-19”. E diz que a medida é “um tema ainda controverso”.

    O presidente do conselho ainda listou os trabalhos que favoráveis e desfavoráveis ao uso da máscara de forma disseminada e conclui que: “não há evidência científica de que o uso de máscaras de forma banalizada e disseminada na comunidade tenha algum impacto sobre a transmissão de Covid-19 ou mesmo redução de adoecimento.”

    Para a Anvisa, no entanto, “é preciso ter cautela e aguardar qual será o comportamento da doença e da circulação viral durante e após o carnaval. Vale lembrar que esses mesmos públicos ainda estão com índices de vacinação baixos, e muitos ainda não completaram o ciclo vacinal ideal.”

    Ainda ressalta que “no transporte aéreo, há diferentes grupos de pessoas, inclusive as mais vulneráveis como grávidas, idosos, crianças, pessoas viajando para tratamentos de saúde, imunodebilitados, em contato próximo e em um ambiente fechado.”

    Por fim, a agência expõe “que o uso correto da máscara é um ato de proteção individual e coletiva! Na mesma direção, as vacinas Covid-19 são seguras e protegem contra as hospitalizações e mortes.”

    (*Publicado por Douglas Porto)

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