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    Após chegada da Ômicron ao Brasil, Rio amplia exigência do passaporte da vacina

    Comprovante passa a ser obrigatório em shoppings, hotéis, bares, restaurantes, táxis e transportes por aplicativo

    Thayana AraújoPauline AlmeidaBruna Carvalhoda CNN , no Rio de Janeiro

    A Prefeitura do Rio de Janeiro ampliou a exigência do passaporte da vacina após a confirmação de três casos da Ômicron no país e a investigação de seis casos suspeitos, um deles na capital fluminense.

    As novas medidas foram publicadas no Diário Oficial desta quinta-feira (2). A obrigatoriedade de comprovar a imunização contra a Covid-19 valerá para a entrada em bares, restaurantes, lanchonetes, shoppings e centros comerciais.

    Outra novidade é a apresentação do documento em salões de beleza e estética, hotéis, pousadas e aluguel por temporada. O decreto ainda contempla a exigência no embarque em táxis e transporte de aplicativos.

    O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, espera que com a ampliação do decreto que restringe o acesso de pessoas não vacinadas ao Rio de Janeiro, a cidade consiga evitar casos da variante Ômicron. O Brasil tem três casos confirmados em São Paulo e um caso suspeito no Rio.

    “A gente tem uma nova variante. A maioria dos países do mundo estão apertando a cobrança do passaporte vacinal. É necessário que a gente aumente a cobertura vacinal no país todo. A cidade do Rio já alcança uma cobertura bastante alta 95% dos adultos do Rio de Janeiro já tomaram as duas doses da vacina, mas a gente tem que prevenir que não entrem pessoas não vacinadas na cidade”, afirmou o secretário.

    A preocupação das autoridades de saúde é com o movimento tradicional de fim de ano e com a chegada da variante Ômicron ao país. A rede hoteleira da cidade tem 80% dos quartos reservados para o Réveillon e espera chegar a 100% da lotação até a data.

    “Para se fazer uma reserva em um hotel, qualquer local para hospedagem, precisa apresentar o passaporte vacinal. Vai ficar muito difícil para um turista não vacinado circular na cidade do Rio de Janeiro”, afirmou Soranz.

    Sobre a fiscalização e multas para quem não cumprir a determinação, o secretário disse que conta com a colaboração dos donos dos estabelecimentos para que a determinação seja cumprida.

    “Se as pessoas denunciarem, ou tiverem presentes em uma visita dos órgãos de fiscalização, vigilância sanitária, as pessoas podemos ser multadas e o próprio estabelecimento comercial”, disse.

    Por enquanto, Prefeitura e Governo mantêm o discurso de que a festa de Ano Novo está mantida, mas com uma avaliação diária do cenário da Covid-19, com a possibilidade de cancelamento em caso de piora.

    Desde o mês de setembro, o comprovante de vacinação já é exigido no Rio de Janeiro em academias, clubes, estádios, feiras, convenções, pontos turísticos, museus e teatros.

    O novo decreto determina que, no caso de atividades com venda de ingresso, o passaporte deve ser exigido na compra ou inscrição.

    Já no caso dos hotéis e imóveis para locação, as reservas devem ser efetivadas somente após a apresentação do documento. Segundo a prefeitura, vai caber aos estabelecimentos o controle de entrada.

    A ampliação da exigência foi uma recomendação do comitê científico da cidade, com o objetivo de acelerar a imunização contra o coronavírus. Até o momento, o Rio tem 77,1% de toda a população com a vacinação completa, índice que sobe para 90% entre o público de 12 anos ou mais.

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