Apesar de queda em indicadores, Covid-19 ainda inspira cuidados, afirma médico
Seis meses depois da 1ª morte no Brasil, infectologista Pedro Hallal comentou atual fase da pandemia e ressaltou que coronavírus não é 'coisa do passado'
O Brasil completa seis meses da primeira morte pelo novo coronavírus neste sábado (12). Segundo o infectologista Pedro Hallal, pesquisador e reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), os números da doença estão caindo no país e é possível dizer que a fase do platô — em que há uma estabilização das ocorrências — já foi atingida.
“O indicador de média móvel, que é o melhor [para mensurar a pandemia], já está decrescente. Mas isso não significa que podemos tratar o coronavírus como se fosse coisa do passado. Ele só vai deixar de ser um problema após a vacina, mas felizmente hoje podemos comemorar que os números de mortes e casos estão diminuindo dia a dia”, destacou.
A diminuição das infecções e mortes por Covid-19 não significa a volta da vida anterior à pandemia, frisou Hallan. “Ainda é cedo para precisar, mas me parece que ainda esse ano iremos retomar uma série de atividades, mas não como antes. Vai ter futebol sem torcida, cinema com distanciamento entre as cadeiras, por exemplo. A vida normal só quando tivermos a vacina”, completou.
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Por isso, o infectologista afirmou que praias lotadas tendem a aumentar os casos da doença no país. “Pode sair de casa e ir à praia, mas tem que tomar cuidado, manter distanciamento, usar máscara o máximo possível, manter a higiene das mãos, evitar tocar no rosto. Todas essas medidas vão facilitar que os números sigam caindo.”
(Edição: Leonardo Lellis)