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    Apagão de dados da Saúde causa distorção e dificulta combate à pandemia, diz governador

    Em entrevista à CNN, Wellington Dias conta que retomou medidas restritivas por causa da Ômicron e relata problemas após ataque hacker contra Ministério: "Temos dificuldade em ter um dado que possa ser balizador"

    Elis FrancoLéo Lopesda CNN , em São Paulo

    Com o avanço da variante Ômicron pelo país e o aumento no número de casos de Covid-19, governadores passaram a discutir a possibilidade de retomar restrições contra o coronavírus nos estados para tentar conter o avanço da doença.

    Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (11), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu que a maioria dos casos confirmados no Brasil nos últimos dias são de infecções provocadas pela Ômicron.

    Diante do alto número de contaminações, algumas medidas restritivas que já tinham deixado de vigorar estão voltando aos poucos. De acordo com um levantamento da CNN, pelo menos oito estados já anunciaram a volta de restrições devido ao avanço da Covid-19 no país. São eles: Pernambuco, Bahia, Ceará, Amazonas, Piauí, Maranhão, Amapá e Paraíba.

    Wellington Dias, Governador do Piauí (PT-PI)
    Wellington Dias, Governador do Piauí (PT-PI) / Reprodução CNN (12.jan.22)

    Em entrevista à CNN nesta quarta (12), o governador do Piauí e presidente do Fórum de Governadores, Wellington Dias (PT), relatou que precisou adotar as medidas restritivas também por influência de casos da gripe provocados pela cepa H3N2 do vírus Influenza, e casos de diarreia, principalmente em crianças, associados ao período de chuvas – que colaboram com uma maior pressão sobre os hospitais do estado.

    O governador contou que o combate à pandemia no Piauí foi afetado pelo apagão de dados do Ministério da Saúde após um ataque cibernético no início de dezembro. “Desde o ataque temos dificuldade em ter um dado que possa ser balizador”, disse.

    Ele explica que também há um represamento de informações que distorcem a realidade da pandemia no estado, e dificultam o acompanhamento por parte dos cientistas que assessoram o governo na tomada de decisões para o combate à Covid-19.

    “Essa semana, por exemplo, pelos dados do Ministério é como se houvesse um crescimento de 3766% em novos casos no Piauí. Quando olhamos os nossos dados do dia a dia não bate. Temos um crescimento na casa dos 25% a 30% de casos nesse mesmo período em relação ao mês anterior”, argumentou.

    Possível saída para conter a transmissão da variante Ômicron no estado, o governador afirma que a vacinação de crianças contra Covid-19 será feita no Piauí para garantir as condições do retorno às aulas.

    A previsão é que o primeiro lote, com 1,2 milhão de doses pediátricas da Pfizer, desembarque no Brasil nesta quinta-feira (13), em Campinas (SP).

    Wellington Dias informou que o objetivo do governo é que as doses sejam distribuídas aos municípios para início imediato da vacinação em no máximo 48 horas após o repasse do governo federal.

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