Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Anvisa deve liberar vacina da Astrazeneca antes da Coronavac

    Ambas fizeram o pedido oficial de registro nesta sexta-feira (8), mas a farmacêutica inglesa estava já muito à frente da chinesa na apresentação de documentos

    Caio Junqueirada CNN



     

    A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deverá liberar o uso emergencial da vacina da Astrazeneca antes da Coronavac. Ambas fizeram o pedido oficial de registro nesta sexta-feira (8), mas a farmacêutica inglesa estava já muito à frente da chinesa na apresentação de documentos prévios.

    Mas esse não é o único motivo. A Astrazeneca tem pedidos de uso emergencial já aprovados em outros países – Inglaterra e Argentina. A Coronavac tem uso aprovado na China, mas com base nos estudos da fase 2, e não da 3, como a legislação brasileira exige. 

    A forma como o Butantan apresentou seu pedido também integra a avaliação. O instituto anunciou que apresentaria nesta quinta-feira (7) a solicitação, após uma primeira reunião com a Anvisa. O instituto agendou uma nova reunião para as 17h com o objetivo de apresentar o pedido, que inclusive chegou a ser anunciado pelas autoridades paulistas, que depois recuaram. 

    Leia também:

    Equipe da Casa Branca diz que pode haver uma ‘variante dos EUA’ do coronavírus

    Fiocruz espera chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford até 19/01

    SP iniciará vacinação no dia 25 mesmo se plano nacional atrasar, diz secretário

    Uma nova reunião foi agendada para as 10h desta manhã para que fosse apresentada, mas o instituto preferiu apresentar primeiro o pedido para depois se reunir com as autoridades paulistas. 

    Um outro motivo é a forma como foram apresentados à imprensa os dados. Faltaram, por exemplo, dados sobre efeitos colaterais ou subgrupos específicos. Ou ainda como se chegou ao cálculo de 78% de eficácia. 

    Se esses dados, comuns nas apresentações mundo afora, faltarem, o processo será paralisado.

    As análises dos documentos das duas farmacêuticas, apresentados pela Fiocruz (Astrazeneca) e pelo Butantan (Coronavac), estão sendo feitas, e uma primeira avaliação sobre eventuais omissões, pela lei, é preciso ser apresentada em até 24 horas a partir do pedido. 

    Se isso ocorrer com alguma delas, o processo de autorização na Anvisa é paralisado até que a questão seja sanada.  

    A expectativa é de que já na semana que vem o país já tenha a primeira vacina com uso emergencial liberada para utilização. 

    O problema é que, se for a Astrazeneca, ainda não haverá vacina para ser aplicada, uma vez que, ao contrário da Coronavac, elas não estão em solo brasileiro. 

    Destaques do CNN Brasil Business:

    Bitcoin: entenda os motivos que levaram a criptomoeda à valorização recorde

    Magalu, Via Varejo, B2W: estrelas da bolsa em 2020 devem virar coadjuvantes

    Nova central multimídia da Mercedes ocupa todo o painel e ainda sugere músicas

    Veja comparação entre preços da promoção do Magazine Luiza e dos concorrentes

    O Itamaraty tem negociado com a Índia a remessa de 2 milhões de doses, mas a negociação está lenta e não houve avanços até agora. 

    Por outro lado, se a Coronavac já for liberada, o Butantan já tem mais de 10 milhões de doses para serem aplicadas na população.