Anticorpos monoclonais serão aplicados em quem não pode tomar vacina
A AstraZeneca começou a recrutar 5 mil pessoas, neste fim de semana, para um teste de proteção contra a Covid-19
A AstraZeneca começou a recrutar 5 mil pessoas, neste fim de semana, para um teste de proteção contra a Covid-19 usando anticorpos monoclonais. Medicamento deve ser aplicado em quem não puder tomar a vacina.
O imunologista e professor da Faculdade de Medicina da USP Jorge Kalil explica que os anticorpos monoclonais são altamente sofisticados. A ideia é induzir a produção de células e anticorpos que ajudam na defesa contra a doença e, depois, transferir passivamente para uma pessoa que já está infectada.
Kalil dá como exemplo o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Quando não dá tempo para a pessoa fazer a vacina, porque ela já está infectada, você pode injetar anticorpos pré-formados. Foi o que aconteceu com o presidente Trump. Quando ele estava doente, administraram alguns anticorpos que ainda estavam sendo testados”.
A produção desses anticorpos monoclonais ocorre a partir do isolamento de uma célula produtora de anticorpos presente no corpo de uma pessoa que já foi infectada pela Covid-19.
“Você isola aquela célula, vê a informação genética da produção daquele anticorpo, depois transfere aquela informação de tal forma, para uma célula que produz em quantidades muito grandes. Ele é dito monoclonal porque é derivado de apenas uma célula – de um clone de células – e esses anticorpos são selecionados para que se liguem no lugar exato em que o vírus se liga no seu receptor. Então, ele neutraliza o vírus dessa forma”, explica o imunologista.
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(Publicado por Sinara Peixoto)