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    Ampliar acesso de pessoas com deficiência à tecnologia é luta antiga, diz especialista

    À CNN, Marcus Kerekes avaliou que relatório da ONU chama a atenção para discrepância entre países mais pobres e mais ricos na tecnologia assistiva

    Amanda GarciaBel Camposda CNN , em São Paulo

    Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) apontou que quase 1 bilhão de adultos e crianças que convivem com algum tipo de deficiência estão excluídos do acesso a tecnologias de apoio. O índice divulgado nesta segunda-feira (16) “não surpreende”, de acordo com o especialista e sócio-fundador da Diversitera, Marcus Kerekes.

    Em entrevista à CNN, ele destacou que esta é uma “luta antiga” e que chama a atenção a “discrepância entre países mais pobres e mais ricos” na tecnologia assistiva.

    Este tipo de inovação, segundo ele, vai desde aparelhos físicos, como cadeiras de rodas, quanto digitais, como softwares de leitura de tela, que de alguma forma consigam suprir a perda de funcionalidade de pessoas.

    “Ao longo do tempo, países ricos estabeleceram um conjunto de fatores, como investimento público, que possibilitaram o acesso dessas pessoas a essas tecnologias, e elas depois conseguiram se inserir no mercado de trabalho e ter acesso a elas, a cadeia foi se estruturando”, explicou.

    Paralelamente, em países mais pobres, o especialista destaca que “a falta de acesso faz com que menos pessoas cheguem ao mercado de trabalho e mais fiquem à margem da sociedade em termos de renda, é um ciclo que vai se tornando”.

    “Para sairmos desse ciclo, ampliar as cadeias produtivas é um caminho e é uma das possibilidades também de sair da estagnação econômica, de adicionar valor ao mercado, aumenta o tamanho da pizza e não a briga por fatias dela”, completou.

    Marcus avalia que o Brasil, nos últimos 20 anos, teve iniciativas positivas, como a linha de financiamento para pessoas com deficiência.

    No entanto, ele fez uma ressalva: “A indústria brasileira carece bastante de qualidade, as tecnologias assistivas importadas são melhores e com todo o quadro que vivemos, de crise econômica, acaba impossibilitando e afastando as pessoas de acesso, avanços têm sido feitos, mas o processo é longo e gradativo, tem muita coisa para se fazer”.

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