Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    AMB anuncia medidas legais contra ameaças após audiência sobre vacinação infantil

    Em nota, entidade afirma que tomará “todas as medidas possíveis para responsabilizar os detratores dos médicos, inclusive do ponto de vista legal”

    Iuri Pittada CNN

    A Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou nesta sexta-feira (7) nota em defesa dos profissionais que, após defenderem a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 em audiência pública promovida pelo Ministério da Saúde na terça-feira (5), foram alvo de vazamento de dados, inclusive pessoais, e passaram a receber ameaças, xingamentos e hostilidades.

    A entidade afirmou que tomará “todas as medidas possíveis para responsabilizar os detratores dos médicos, inclusive do ponto de vista legal”.

    “A ação criminosa, por agentes públicos, teve como alvos alguns dos mais respeitáveis especialistas do País: Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações”, diz a nota da Associação.

    “Os Doutores Marco Aurélio Sáfadi e Renato Kfouri são também consultores do Comitê Extraordinário de Monitoramento COVID-19 da AMB, o CEM COVID.”

    Durante a audiência pública, os médicos precisaram preencher declarações de conflitos de interesse, uma praxe da profissão.

    Esses documentos viralizaram pelas redes sociais, incluindo dados pessoais como CPF, e-mail e telefone dos especialistas que defenderam a vacinação infantil. O mesmo não ocorreu com os médicos críticos da imunização.

    “Lamentável e condenável, a iniciativa configura ataque à liberdade de pensamento e de expressão, tentativa de intimidação, além de método de incitar ameaças por parte das forças negacionistas a médicos comprometidos exclusivamente com a Ciência e a boa assistência aos brasileiros”, afirma a AMB no texto.

    “Aliás, em todo o episódio envolvendo a imunização para crianças de 5 a 11 anos, estas mesmas forças negacionistas e antivacinas fazem coro contra a Ciência, retardando a vacinação a esse público específico. Viram as costas à saúde dos brasileiros, como, aliás, o fazem desde o início da pandemia.”

    Um dia após a audiência, o Ministério da Saúde confirmou a encomenda e distribuição de doses produzidas pela Pfizer especificamente para o público dessa faixa etária, com previsão de chegada ao Brasil na próxima semana e subsequente início da campanha nos municípios.

    Vacinação de crianças contra a Covid-19 deve começar em breve / Prefeitura de Jundiaí

    Leia a íntegra da nota:

    A Associação Médica Brasileira registra o mais profundo repúdio quanto ao vazamento de dados dos médicos que, em 4 de janeiro, participaram de audiência pública para defender o legítimo direito de as crianças, de 5 a 11 anos, serem imunizadas contra Covid-19.

    A ação criminosa, por agentes públicos, teve como alvos alguns dos mais respeitáveis especialistas do País: Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações.

    Os Doutores Marco Aurélio Sáfadi e Renato Kfouri são também consultores do Comitê Extraordinário de Monitoramento COVID-19 da AMB, o CEM COVID.

    Lamentável e condenável, a iniciativa configura ataque à liberdade de pensamento e de expressão, tentativa de intimidação, além de método de incitar ameaças por parte das forças negacionistas a médicos comprometidos exclusivamente com a Ciência e a boa assistência aos brasileiros.

    Aliás, em todo o episódio envolvendo a imunização para crianças de 5 a 11 anos, estas mesmas forças negacionistas e antivacinas fazem coro contra a Ciência, retardando a vacinação a esse público específico. Viram as costas à saúde dos brasileiros, como, aliás, o fazem desde o início da pandemia.

    A AMB, legítima representante dos médicos do Brasil, não se calará em momento qualquer diante de ataques à boa Medicina, à assistência digna aos cidadãos, aos médicos que exercem sua autonomia pautados em sólidas evidências científicas.

    Informamos que tomaremos todas as medidas possíveis para responsabilizar os detratores dos médicos, inclusive do ponto de vista legal.

    São Paulo, 7 de janeiro de 2022

    Tópicos