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    Alta de casos e proliferação de mosquitos da dengue cria efeito em cascata, diz infectologista

    Em entrevista à CNN, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, comentou sobre atual quadro da doença no país

    Tamara NassifLayane Serranoda CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN neste sábado (8), o infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, afirmou que a alta de casos de dengue, somada a uma maior proliferação de mosquitos Aedes aegypti, é o que faz o número de infectados aumentar no país.

    “Quanto maior o controle da doença e menor no número de casos, menores são as chances do indivíduo se infectar. O mosquito, para transmitir a dengue, precisa picar alguém que já está infectado, o que cria um ciclo de transmissão no qual o mosquito transmite de uma pessoa para a outra”, explica Kfouri.

    “O contrário também é verdadeiro. Acaba sendo uma progressão geométrica: a combinação de muitos casos e muitos mosquitos é o que faz aumentar exponencialmente o número de infectados.”

    Segundo o último boletim da doença, publicado pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (6), apenas 25% dos municípios brasileiros não registraram nenhum caso provável de dengue neste ano.

    A atual incidência da doença é de 278 casos a cada 100 mil pessoas. — alta de 43% nos casos em relação ao mesmo período do ano passado.

    Diante desse cenário, o especialista afirma que 2023 já se compara a anos de maior número de casos de dengue. Por outro lado, uma vacina eficaz para conter a doença já está no horizonte e pode começar a ser disponibilizada para a população a partir do segundo semestre.

    Confira a entrevista completa no vídeo acima.

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